sábado, dezembro 30, 2006

Acabaram-se as Resoluções.

O titulo nada tem de enigmático. É mesmo isto. Este ano não vou fazer desejos. Afinal, desejar para quê se as coisas não acontecem por artes mágicas? Péssimista? Nunca fui. Talvez, até me sinta mais optimista que nunca. Porque me aconteceram coisas boas e coisas más, como em todos os restantes anos da minha vida. E quer-me parecer que 2007 não será muito diferente. As coisas más vieram e foram. As boas... Bem, foram e são muito boas (sorriso pepsodente)!
Anos houve em que desejava ardentemente paz, amor e saúde e não obtive nenhuma... Enfim, se algo de bom acontece, das duas uma, ou foi o destino (não acredito muito nisso), ou porque lutamos e suamos e combatemos pelos nossos objectivos. E já tenho alguns para o próximo ano. Quem sabe se não estarei ainda aqui, no final de 2007 a fazer um balanço do ano?
Apenas sei que passarei o meu final de ano com aqueles em que admiro o sentido de amizade, lealdade, amor... , decidida apenas a aproveitar o momento. As doze badaladas soarão e sem desejos festejarei, aproveitando o que de bom tenho nesta vida única e, porque não, bela.
Sejam felizes...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Coisas que um homem deveria saber sobre ser pai

1. Não te preocupes... O teu pai também não sabia o que fazia.
2. Bem, talvez seja mesmo melhor preocupares-te!
3. Nunca digas a ninguém o que tu e a tua mulher estão a "tentar"! Não precisamos de ficar com essa imagem na cabeça, a sério.
4. Nunca digas onde concebeste o teu rebento, quanto tempo demorou ou que música estava a tocar.
5. NÃO DÊS O NOME AO TEU FILHO de uma cidade, ponto geográfico, sistema solar, estações, plantas, animais ou estrelas de t.v.
6. O teu filho, à nascença, já tem uma relação complicada com a sua mãe e tu, no primeiro ano, serás apenas uma curiosidade. Uns anitos depois, uma montanha russa. Depois, um árbitro. E, por fim, um banco.
7. Se vais sujeitar o teu filho a uma cirurgia naquele sítio, insiste numa anestesia local para o teu filho, faz favor!
8. Se a criança tiver uma irritação por causa das fraldas, aplica uma pomada própria mas, não te esqueças primeiro de limpar e de voltar a pôr uma fralda!
9. Razão porque os rapazes são melhores: não ficam grávidos!
10. Razão por que as raparigas são melhores: é menos provável que sejam presas!


PS: Há mais motivos aqui (são 72!) Seleccionei alguns, traduzi-os, ah e também fiz uma pequena interpretação livre.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Paz e Amor não fazem mal nenhum



Estou farta de andar a passear pela blogosfera e ler quem me dera que o Natal passasse a correr, o Natal é só consumismo e lá vou eu ter que dar prendas, etc, etc, etc,... Que o Natal é uma coisa muito má, as pessoas são péssimas umas para as outras o ano todo e depois para receber uma prenda, andam a dar prendas baratuchas que não interessam nem ao menino Jesus, para ver o que lhes calha na bota. E, pelos vistos, todos acham o Natal um monstro horrendo de consumismo e que levar as crianças para um centro comercial é uma agonia: compra, compra, compra...
Mas, também parece que os lares continuam a celebrar o Natal. Em que é que ficamos? Em escrever no blog o quanto odiamos esta época e o quanto odiariamos que desaparecesse e, em seguida, ir comprar prendas para oferecer ao primo em 2º grau mais isto e aquilo? Porque não focarmo-nos antes nas coisas boas? Digo eu, que o Natal tem algo de bom. Retirando-lhe o significado religioso continua a ser uma época de paz entre os homens. Porque não limitarmo-nos a desejar o melhor ao próximo em vez de desejar que este tropece e caia sobre a sua cara?Bah...
Eu não detesto o Natal e nem sequer o amo mas, acho que queixar-me o ano inteiro de quão má é a vida não é saudável e em nada contribuirá para a minha felicidade. Por isso, deixem-me, se faz favor, ser ingénua e acreditar que apesar de tudo, há muito calor humano, que o próximo ano será melhor, que por mais um Natal tive a sorte de estar com a minha familia ao redor de uma mesa rica...
E é isto que desejo a todos...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Só quero

a minha manta a tapar-me até ao nariz, o meu chocolate quente, o meu sofá fofo, o meu filme de terror e uma noite escura. É pedir muito???

Obrigada

sábado, dezembro 09, 2006

Descobrimentos

Navegando pela internet encontram-se as coisas mais fascinantes:
Excelente, para quem gosta:
Arte Surrealista: As pinturas variam entre o estranho e absurdo, belo e horripilante mas vale a pena espreitar.
Dois sites girissímos para quem quiser "artilhar" o seu blog (totalmente grátis)
1 (de tudo um pouco, murais, frases engraçadas...)
2 (este é para as meninas)
Para quem goste de coisas mais... er, bem, realistas aqui vai uma exposição de corpos humanos!

domingo, dezembro 03, 2006

Sonhei contigo esta noite

Deitei-me e fechei os olhos. Os sonhos apanharam-me depressa e desprevenida. Encolhi milhões de vezes e tornei-me no ser mais diminuto que existe. Descobri, na minha pequenez, uma súbita urgência de encontrar um corpo quente. E encontrei-te a ti. Através de paredes, de prédios, de ruas, de um espaço distante senti-te. Atravessei todos esses obstáculos que afinal não eram obstáculos nenhuns, que eu conseguia ultrapassar tudo… Só para estar perto de ti. Mas se te consegui, quero-te completamente e devagar, saboreando cada momento. Quero estar sob a tua epiderme, viajar no teu fluxo sanguíneo, percorrer todo o teu corpo e vir-te até ao coração. Quero sentir-te. Quero que sejas parte de mim. Quero que sejas meu!
Eu não sou um corpo invasor, sou uma parte que perdeste há muitos anos e agora regressa ao corpo de partida, ao local de origem. As tuas células sabem-no e tu também. E quando nos tornamos um só e a fusão parece fatal e irremediável algo me puxa para trás… Logo agora, no preciso momento em que chego aos teus lábios e vou torná-los rubros, na forma de beijo quente… Mas não, umas forças invisíveis continuam a puxar-me e cada vez mais me afasto de ti. Regresso no espaço, pelas ruas e prédios e paredes de onde vim. Materializo-me de novo numa menina que está a dormir e já não te sonha, nem te sente…
PS: Eventualmente este blog voltará à (a)normalidade... Ou não...

terça-feira, novembro 28, 2006

O gorro vermelho

A cada novo dia um só ritual: fazer jogging pelas concorridas ruas da cidade. Ás vezes com amigos e se, se adiantasse só. Fazia os 8 km sem esforço e ao final sentava-se no parque durante 5 minutos apenas a observar. Um pai a ensinar o seu filho pequenote a andar de bicicleta, um senhora, alheia aos protestos reprovadores de quem passava a atirar pão aos pombos. Um casal muito enamorado a tentar evitar uma explosão de afectos e carinho na via pública e… No banco, ao lado dela, um gorro. Grande, vermelho, perfeito. Um gorro de Pai Natal, perdido num banco de um parque em meados do décimo primeiro mês. E olhou de novo, ali estava ele, tão lindo e sozinho.
Piscou o olho ao petiz que já conseguia avançar uns cinquenta centímetros completamente sozinho. A criança esboçou um sorriso de tamanho de todas as coisas lindas. Ela apontou para o chapéu. Vestiu-o e vestiu um sorriso. Os olhos do pequenote brilhavam. A senhora parou de alimentar os pombos e olhou. O casal afastou a paixão dos seus desejos mais prementes e, também eles, ficaram a observar a cena. Estaria ela a fazer papel de ridícula? Um gorro de Dezembro numa cabeça jovem de Novembro? Uma mãe Natal vestida com uma t-shirt antiga e calças de treino? Tirou o gorro.
A corredora olhou em frente: o pequeno aprendiz de ciclista caíra e magoara-se. “Vês? Eu não te avisei?”, admoestou o pai. “Anda vamos. A tua mãe está a tua espera”. A senhora dos pombos tinha desaparecido. O jovem casal entregara-se, uma vez mais, aos prazeres carnais.
A magia fora-se. Não mais haveriam sorrisos inocentes nem olhos brilhantes. Afinal, não passava de uma corredora que tinha encontrado um gorro vermelho. Sem ele, não existia a felicidade. Era símbolo do bem e símbolo do mal. Porque é o que todos desejam mas só alcançam num único dia, o dia em que se pode ser feliz. “Acho que perdeste isto!”, disse-lhe a amiga de todas as corridas, que surgiu de detrás do banco, pondo-lhe o gorro na cabeça. “Anda lá correr mais uns quilómetros a ver se alegras esse espírito, estás com cara de quem ainda corria mais oito!”
PS: Em resposta a um desafio aqui.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Cantina Gourmet

Esparguete com carne (inexistente)
Escalopes de porco (cortáveis a moto serra)

E depois ainda há os especiais:

Na sopa:
Tufo de cabelos
Esfregão

No prato principal:
Azulejo
Larva
Pedra

Muito sinceramente, não preferiam passar fome? É que uma pessoa se cansa de reclamar e de mandar bocas. Um dia destes faço uma manif EXIGINDO COMIDA DECENTE ou então, o que já me passou imensas vezes pela cabeça, obrigar as senhoras da cozinha a consumir aquilo que confeccionam, o que, no estado em aquela cozinha se encontra duvido. Não, esperem, já vi que o que está na moda são as ameaças de bomba…

quarta-feira, novembro 22, 2006

Mitos Urbanos VI

Sabem quando um casal precisa de ir à rua e deixa os filhos em casa? Pronto, foi isso que aconteceu. Neste caso, os pais de uma rapariga que deixaram sozinha em casa, protegida pelo cão, um collie adulto. O casal avisou à filha para fechar e trancar todas as portas e janelas. E a rapariga, como filha obediente, assim fez. Quer dizer, houve uma janela na cave que não se queria fechar completamente. Por isso, deixou a janela como estava e subiu para o quarto.
Às 12 horas, quando decidiu que já tinha jogado no computador o suficiente foi-se deitar e aninhou-se com o seu cão. A dada altura, ela acordou sobressaltada. Ela virou-se e olhou para o relógio… Eram 2:30. que a teria acordado quando ouviu um som… Parecia que algo estava a pingar. Ela pensou que tinhVoltou a aninhar-se nos cobertores pensando no a deixado a água a correr e agora estava a pingar no lavatório. Pensando que não era nada decidiu voltar a dormir. Mas sentiu-se nervosa por isso, levou a mão fora da cama e deixou o cão lambê-la para se sentir segura. Às 3:45 voltou a acordar com o som. Estava zangada mas voltou a tentar adormecer de novo. Levou a mão de novo fora da cama e deixou o cão lamber-lhe a mão. Adormeceu.
Às 6:52 decidiu que já estava farta. O maldito som não a deixava dormir. Mesmo a tempo de os seus pais chegarem a casa. “Boa”, pensou. “Agora alguém poderá arranjar o lavatório porque sei que não deixei a água a correr”. Foi a casa de banho e lá estava o seu collie, pendurado na cortina do banheiro! O som que ouvira tinha sido o seu sangue a escorrer para uma poça, no chão. A rapariga gritou até aos pulmões não lhe permitirem mais e depois correu para o quarto para arranjar uma arma, no caso de ainda lá estar alguém… E no chão, perto da sua cama viu uma pequena nota, escrita a sangue: “Minha querida, os humanos também sabem lamber…”
PS: Se calhar sou eu que estou sensível ou então sou mesmo medricas (admito!) mas, este mito deu-me mesmo arrepios!

domingo, novembro 19, 2006

Processo/InDecisão (ou mais uma história do baú)

These are the toughts that catch my trouble head
when you are away
and I am missing you to death
...
These are the toughts that catch my trouble mind
when you are away
but I do mind
...
Escrevinhava numa fúria de inspiração quando ligava o mp3. Ela aparecia assim, como que de lado nenhum e em todo o lado, na escola, no trabalho, no metro, no autocarro. Puxava da caneta e do papel meio escrito, meio amarrotado dos jeans rasgados. A música entrava... E ecoava e não queria sair... Já ia na terceira música e ainda a primeira não tinha desaparecido. "These are... These are... Ah, já sei"... E apontava e riscava, reescrevia e relia e voltava a riscar. "Assim, está bem. Próxima. Desta não gosto! Bah..." E punha-se a carregar furiosamente nos botões. "Não gosto. Disto também não. Demasiado rápido. Demasiado lento. Esta sim!" Algumas das pessoas à volta apercebiam-se das indecisões e achavam piada ao processo criativo da criatura. Enterrava-se de tal forma no sistema que tudo à volta desaparecia. Entre paragens bruscas e pessoas a entrar e sair. Gente a amontoar-se e gente que pura e simplesmente não se importava. Gente a entrar. Gente a sair. "Não consigo acabar esta, que raiva!" Alguém do outro lado da camioneta gritou: "a senhora desculpe". E ela nada. "Olhe, faz favor?" ... Passos pesados e impacientes percorreram todo o corredor e foram até ao banco da personagem. Pararam. Como ela continuasse a não ouvir, retirou um dos phones, ao de leve, do ouvido. "Olhe vai ter de sair aqui." "Mas, porquê?" disse a personagem confusa. "É a paragem terminal..."

terça-feira, novembro 14, 2006

Luto/InDecisão

Caminhava com passos rápidos e esquivos, fintava não se sabe bem o quê... Olhava para trás só por olhar porque ver não via... Abria a mala, vasculhava-a de uma ponta à outra e retirava a chave com uma destreza só vista. Então, se um vizinho estivesse a chegar ao pé de si ainda mais depressa retirava a chave. Não queria ser vista e muito menos que lhe falassem.
Corria então pelas escadas, perdendo o fôlego a meio caminho. E ao fechar a porta atrás de si sentia-se segura, atirava o casaco para ali e a mala para acolá. Puxava o cachecol e deixava-o espalhado pelo corredor. Corria para o espelho: olhos negros e encovados, pele fria e macilenta, madeixas de cabelo caindo... Não era narcisa, apenas indecisa. Viver ou morrer ?
As paredes que a rodeavam eram cruéis, imitavam-na. Frias, vazias e pareciam querer deixar-se ficar. O telefone desligado, o e-mail entupido e cartas por abrir. Que nem se daria ao trabalho de ir verificar... Que sentido teria? Que sentido teria fazer o que quer que fosse? Pegou no diário e decidiu escrever uma carta. Escreveu para ele... Recordou os belos momentos mas, a tinta insistia em imprimir os maus. Talvez fosse melhor escrever um poema. Não, era demasiado doloroso. Escrever linhas de amor para ninguém? Atirou o diário para o chão. Foi embater de encontro as coisas dele, no canto do quarto pouco mais que vazio. Amaldiçoou-se. Correu para aquele canto tão querido. Ajeitou a almofada, dobrou os lençóis de linho branco... Tentou cheirá-los, os últimos resquícios daquela vida. Abraçou com força a almofada... Pelo canto do olho avistou um pêlo branco...
PS: Mal escrito, há muito tempo... E nem sei porquê...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Frases assim...

Conservar algo que possa recordar-te, seria admitir que pudesse esquecer-te.

William Shakespeare

terça-feira, outubro 31, 2006

Hoje!

Vou "espantar bruxas"! Até amanhã!

domingo, outubro 29, 2006

Medo, muito muito Medo

Durante dois dias tentei, sem sucesso escrever aqui qualquer coisa. Já estava a ver o fim a este cantinho obscuro nas teias da web. E entrei a meios que em pânico porque se não tenho uma relação a modos que amorosa e sexual como o Negative Creep/Pedro já não sei escrever sem escrever aqui. E se pouco cá venho é lamentável, mas que dona mais negligente!

Fui

o número 727,278, espalha a palavra! Encontrei aqui. São só dois minutos na tua vida.

segunda-feira, outubro 23, 2006

É mais ou menos assim

Net periclitante (belo palavrão). Odiar segundas-feiras... Até acho que há uma música com esse nome, hei-de descobri-la. Papelada que se acumula. Cansaço, sono, aborrecimentos, alegrias, medos, transições, esperanças, novidades e emoções fortes... Blogger Beta, a experimentar, é só encontrar forma de fazer um buraco no tempo. Chuva, com direito a uma molha digna de um mergulho na piscina. Nada de jeito para dizer... Ficar-se calado.
PS: Foram estes os factos/pensamentos/emoções/qualquer coisa que me têm afastado do blog. Só faltava agora esquecer-me da password.

sábado, outubro 14, 2006

Mulher presa por ter uma colecção…curiosa

A dançarina exótica, (que é como quem diz stripper), Linda Kay de South Plainfield, New Jersey, foi presa esta sexta-feira, (não sei qual a sexta-feira que este artigo já não é muuuuuuuuito recente), e acusada de “posse indevida de despojos humanos”, (sim, isso mesmo que leram), depois de a polícia ter encontrado seis crânios e uma mão num frasco com formol no seu apartamento. A polícia deparou com este cenário macabro quando respondeu à denúncia de que haveria uma tentativa de suicídio (evidentemente não a Kay), nesse apartamento. Kay foi entretanto libertada com uma fiança de 100 mil dólares (não me apetece fazer agora a conversão mas que é muito dólar lá isso) …
Duas pessoas que conhecem Kay foram entrevistadas pelo The Star-Ledger de Newark e disseram que a mão, a que Kay atribuiu o nome carinhoso de “Freddy”, (a sério), foi uma prenda de um estudante de medicina que frequentava o bar onde ela dança.
A mãe de Kay, Patrícia Ann, disse ao jornal que a filha comprou os crânios a partir de um catálogo, via Internet. Ela disse ainda que a sua filha sempre foi fascinada pelo macabro e que quando ela era garota já coleccionava crânios de animais e esqueletos de cobras.
“Ela tem um gosto pelo dramático” e “eu nunca tentei evitar que os meus filhos fizessem aquilo que querem. Desde que estejam felizes e não magoem ninguém…”
PS: Tirando as tiradas do costume, o texto foi traduzido na integra e também não achei que valesse a pena “mexer muito” numa história que de si já é insólita.

domingo, outubro 08, 2006

Dúvida Existencial

Que dizer quando não se sabe o que dizer mas, se sente que é nossa obrigação dizer algo?

quinta-feira, setembro 28, 2006

Só um aparte

Não tenho nada mas tenho tenho tudo...
Alguém me diz como se faz para desligar esta música?

domingo, setembro 24, 2006

Mitos urbanos V

Noite típica em Las Vegas: Casal em lua-de-mel instala-se numa suite de luxo num hotel espampanante. Mas para azar dos azares maiores que podem haver: não é que o quarto exalava um odor fétido, quase esgótico (inventei uma palavra!!!)
Os recém-casados descontentes dirigiram-se para a recepção onde lhes foi dito que o quarto já estava pago e que ele se encontrava limpo. Voltaram para o quarto. Ligaram o ar condicionado a abriram as janelas de par em par. O ar era irrespirável.
O marido, desta vez furioso foi novamente ter com o empregado e exigiu que ele fosse com ele para o quarto. Realmente cheirava muito mal mas, havia uma convenção na cidade e não haviam quartos disponíveis no hotel. Ofereceu-se para, em nome do hotel, pagar todas as comodidades disponíveis do lugar. Frequentaram o spa, ginásio, massagens, shows musicais… Até se esquecerem dos problemas… Ás quatro da manhã sentiam-se esgotados e deram a noite por terminada. Regressaram ao quarto que só seria limpo pela manhã. Ui, o fedor, ainda era pior do que se lembravam. Era impossível pernoitar ali! O marido ainda mais furioso fez nova viagem até à recepção. Pronto, vitória. Viria uma equipa de limpeza, especialmente para eles, limpar o quarto. Às cinco da meia o casal exausto foi conduzido para o seu quarto limpo. Ou pelo menos assim desejariam! Foi a gota de água. “Não me interessa se limparam até os ralos! Aqui cheira mal! Aqui não ficamos!” E sairam do hotel.
O empregado ficou intrigado. O quarto tinha sido totalmente limpo, vezes e vezes sem conta… O cheiro entranhara-se! Ele e equipa fizeram tudo: mudaram os lençóis, toalhas, cortinados, limparam-se os tapetes e carpetes e usaram-se os produtos de limpeza mais agressivos. O odor não desaparecia. Num acto meio de desespero e de loucura o empregado começou a destruir o quarto. Como puxasse o colchão do estrado da cama ele foi encontrar o corpo mutilado de uma mulher.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Pierces e Tatoos

Sou uma menina muito pura. Não tenho pierces e tatoos artificiais ou artisticos, como bem entenderem. Se as tiver serão: tatuagens sob a forma de cicatrizes, no coração. E o piercing só uma tentativa gorada, a sangue frio, de fazer novo buraco para enfiar a argola. Isso foi há um tempo distante, quando teria furado as orelhas, há uns dois/três anos e ainda não tinha captado o hábito de colocar os brincos sem espelho. Então, quando aqui a garota viu uma argola cair ao chão, ao invés de a guardar bem guardada e dirigir-me à toillete do centro comercial para pôr a dita tentei, não sei como, enfiar o brinco no meio da rua. Resultou num banho de sangue e a argola ir para o lixo! Entretanto, quem olhar de perto poderá ver a marca do "segundo" buraco e raramento já uso argolas!
Há alguns dias (tipo no dia da reunião BLOGOCOISA), uma amiga minha, que eu não vou identificar porque tem um nome invulgar mas, a que passarei a denominar Brigida Maria (eu disse que me iria vingar, muahahah) decidiu ir fazer um piercing. Sabem onde? Na bela da língua. Ri-me tanto. Na altura ficou com voz encaramelada, para quem não sabe é o tipo de voz com que se fica quando se acabou de comer caramelo e se fica com os dentes e a língua presos. Uma horita depois a coisa já estava maiss alegre. A rapariguita já ssó falava asssim e comessava a ficar um pouco esstranha. É que passsar da tipica voz rouca grave para uma sssopinha de masssa não é lá muito normal, digo eu. Não sse admirem de ter comessado a abusar nos esssses, é de propósito. Quanto a ti, minha amiga, é bem feito, bem feito, bem feito. Toma que é a paga pelos "não sinto a língua nomyia" e "tá-me a doer"... Quanto ao final da história, nada de original, a moça ficou aflitinha eu como excelente pessoa que sou fiz-lhe o tal do acompanhamento psicológico e baldei-me à reunião. (Também disse que me iria fazer passar por santa no meio desta conversa toda).
PS: Fiquem sabendo que o meu pc apesar de não se atrever a dar novos problemas não me deixou recuperar o texto inicial pelo que este foi reescrito na integra e como tal, já pouco tem que ver com o original.

sábado, setembro 16, 2006

Afinal quem manda aqui?

O maldito não dá sinais de melhoras. Quer-se dizer, anda uma rapariga a ter imensas aventuras e querer relatá-las ao mundo e o gajo não funciona. Só faltavam duas linhas, juro! Mas não, o computador tinha de bloquear. Foi janelas de tudo e mais alguma coisa: o sempre prestável blogger (tinha de vir aí a publicidadezinha, a sério, quando é que eu começo a receber por isto?), programas de word, access e um msn vá.
Aqueceste foi??? Estás terminantemente proibido de aquecer enquanto eu estiver a trabalhar, ou melhor, enquanto eu estiver a fazer seja o que for. Nem se me puser a jogar um daqueles joguitos muita chatos com música tipo gameboy (deve acontecer deve)! Tu não tens força de vontade! Tu chateias-me levas com uma limpeza de disco! Tu chateias-me vais para a sucata! Nisto mando eu. Eu comando a tua vida. Obedece-me!
Ai, que tenho tanta pena, fiquei sem o post do piercing na língua e consequente palavreado à ssopinha de massssa... Ai, que perdi linhas irrecuperáveis!!! Prontos, vou pôr aqui uma imagem: La Ballerines rouge sang por Tatiana Stewart. Agora quero só te ver a tentar não publicar isto!

domingo, setembro 10, 2006

Amor com amor se paga

Há dias tive uma conversa com um ex-colega de estudos. Começámos a relembrar belos tempos e fomos dar a uma fase em que ele andava muito preocupado com o início de mais um ano lectivo e eu lhe perguntei qual era o problema... As colegas, dizia-me. Eram umas queridas. Criaturas de marranço tipo book worms, cujo pico da vida social será, digamos, sair para ir tomar um cafézinho uma semana antes do exame de um cadeirão qualquer. Vejam lá que o que o atormentava tinha que ver com o facto de não lhe emprestarem apontamentos. O quê? Ah, és do tipo calão! Não. Então??? São umas agarradas, dizem que têm aquilo tudo planificado e que se emprestarem ficam com o estudo desorganizado, atrasado etc, etc. E isso é quando não garantem que emprestam e depois nunca mais se lembram do assunto.
Comecei a puxar pelos neurónios e cheguei a uma conclusão mais ou menos importante. A filha da putice começa cedo. São apenas apontamentos? Sim, por isso o que é que custa? São apenas a porcaria de uns papéis. Não é um braço ou uma perna! Há pessoal que abusa? Dahhh, isso é óbvio. Cabe-nos a nós não deixar que o façam. Só creio que num espiríto de camaradagem e cooperação, (que não é assim tão abundante quanto isso), o simples acto de empréstimo não faria mal algum.
O futuro são umas dezenas de anos de trabalho com gente mal disposta que ou aturas... ou aturas. E aprendemos bem cedinho que levar uns pontapés nas costas é o que mais há. Mas, reparem que os pontapés começaram por ser umas inofensivas arranhadelas que evoluiram até se tornarem algo mais poderoso. E o irónico disto tudo é que talvez tenhamos sido nós a abrir as hostilidades. Vá meus amigos, não estarão a fazer grande mal à humanidade com um pequeno acto de generosidade. Emprestem lá uns papeizinhos de ca-ca-ra-ca, de vez em quando. Mais que não seja, deixem os meus queridos amigos passar de ano ;)

sábado, setembro 09, 2006

Ficar a rir

Porque isto de imaginação tem alturas e há quem faça o favor de escrever bem por nós, aqui ficam duas sugestões:

Brincando com a sogrinha!
e
A língua portuguesa é traiçoeira

segunda-feira, setembro 04, 2006

Passe a Publicidade

Todos somos amadores. Pegamos na máquina, olhamos através da objectiva e carregamos no botão. Não sai bem. Tentámos uma vez, repetimos e voltamos a tentar. Pensamos que talvez já não esteja assim tão má e pedimos uma segunda opinião. Mas o olhar é meu e esse ninguém mo tira! E continuamos a procurar ângulos e enquadramentos, luz e cor. Focamos. Está tudo perfeito? Premimos o botão. Saiu mesmo bem. Ficámos com sede. Queremos mais. Quando damos por nós estamos estamos rodeados de fotografias. Retratos, paisagens... Que interessa?
Hoje divulgo o trabalho da minha amiga Mitsu.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Linguagem corporal para totós (nível iniciados II)

Gestos e sinais de cortejo masculino:
1) Ajustamento Púbico. Qual é a mulher que não adora quando um homem ajusta os órgãos sexuais à sua frente? (Tou a brincar). A mensagem que o homem quer transmitir é a da sua enorme masculinidade e costuma fazê-lo em ambientes repletos de especimens do mesmo sexo como, por exemplo, uma equipa de futebol.
2) Gravata à banda. Qualquer mulher que o ache atraente e saiba fazer um nó de gravata não suportará ver a gravata à banda.
...
...
...
Não encontrei mais sinais de cortejo masculino. Excepto uma obsessão pela zona pélvica não me parece que existem muitos mais gestos e sinais... Ninguém tem sugestões?

sexta-feira, agosto 18, 2006

Verdade

Quanto mais coberta é a chama mais o fogo atiça.

domingo, agosto 13, 2006

Não tem e não precisa de titulo

Meu grandessissimo ca**** de me*** vai para o cara*** e para todos esses sítios para onde se mandam as bestas! Espero que estejas orgulhoso porque passares um sinal vermelho e causares um acidente num carrinho emprestado e sem seguro pela madrugada dentro é de homem! Esqueceste-te foi que havia mais gente na estrada. Só podes ser estúpido ou irresponsável! Acredito que gostaste quando bateste no outro veiculo e viste a chapa retorcer-se à volta da pessoa que atingiste. E que quando saiste do teu carro e ameaçaste a pessoa ferida e indefesa que ias matando te sentiste muito poderoso. Pois olha tu não os tens no sítio. Um verdadeiro homem não se porta como um animal! Se fosses calavas, pagavas os estragos e ainda pedias desculpas. E se fosse tua filha? E se ela tivesse um acidente e ainda por cima ameaçada, sem ninguém para a defender? Gostavas? Vai-te fo***!!!
PS: As melhoras miuda.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Ai querida Maria

Hoje vim aqui falar de um assunto que é sempre actual. Refiro-me mesmo à inigualável, esplêndida e marivilinda MARIA, (note-se os adjectivos que utilizei). Quero aqui expressar a minha solidaridade às avozinhas e à geração moranguitos que lêem a revista MARIAAAAAAA às escondidas. Vim admitir que EU vou ao quiosque mais próximo sem qualquer tipo de pudor comprá-la, folheá-la e até lê-la! Ok isto acontece no máximo uma/duas vezes ano, mas isso não interessa nada.
Tantos anos se passaram desde que o público a descobriu e parece que agora ocupa um lugar mítico entre as revistas portuguesas. É suposto ser uma revistinha que conta as historinhas todas das novelas para quem não quer perder pitada. Eu nunca percebi essa obsessão de querer SABER o acontece na novela antes de a VER! Enfim... o verdadeiro achado foi o consultório de sexo e os anúncios pessoais. E foi aqui que surgiu um probleminha a revista era muito lida, mas devido às novelas ou às outras secções? Qualquer jovem dirá que é por causa das imagens e das histórias absurdas que ali figuram. Quem não se lembra da menina que tinha andado a brincar com uma almofada e tinha medo de ficar grávida??? As senhoras muito mais velhas acreditam piamente na qualidade da Maria em revelar os próximos capitulos da sua novela preferida e não só não folheiam aquelas páginas tão cheias de pensamentos sujos e pecaminosos como até as arrancam! Eu incluo-me na primeira categoria. Aquilo pode não ser a coisa mais educativa, mas já fez muitas lágrimas de riso a estes olhos! E rir hoje em dia...
Ele é os que a lêem para aprender qualquer coisita sobre o acto ou para se rirem do que só pode ser impossivel porque eles nunca experimentaram aquilo nem acreditam que exista gente assim tão burra! E as mães e avós que as compram deus-nos-livre de os pequenitos a folhearem. Sabe-se lá o que poderão perguntar. E todos sabem que o principal pesadelo de muitos pais é explicarem os segredos da concepção da vida aos petizes. Porquê? Talvez os papás prefiram os que os seus filhotes descubram o que é o sexo através de revistas ou por si mesmos... Porque admitamos que ninguém gosta de permanecer na ignorância por muuuito tempo. E quem não chega lá por um caminho procura sempre outros... (Ups, o meu Tico e o meu Teco acordaram e ficaria a escrever sozinha por muitas e muitas luas). Já sei, vou transcrever uma frase que advém precisamente da minha linda, linda revista: Masoquista mas não adepto da dor procura amiga...
PS: Alguém me sabe sabe explicar o que é um masoquista não adepto da dor?
PS2: Alguém consegue explicar ao senhor?

quarta-feira, agosto 02, 2006

Linguagem corporal para totós (nível iniciados)

Ok admito. Tenho andado preguiçosa para pôr aqui o quer que seja, por isso aqui vai uma tentativa de preencher o vazio das férias.
Gestos e sinais de cortejo feminino:
1) Lançar a cabeça para trás e afastar o cabelo do rosto ou atirá-lo para trás. Este movimento é utilizado até por mulheres com cabelo curto. Serve para mostrar ao homem que se preocupa com o seu aspecto.
2) Lábios húmidos e boca ligeiramente aberta. Lábios espessos e volumosos são um sinal de feminilidade. As injecções de colagénio, beicinho e batom fazem-nos sobressair e são atraentes para os homens. Ao dar-se aos lábios uma aparência húmida confere-se uma aparência de convite sexual. (Eu explico não se preocupem). Quando uma mulher se encontra em estado de excitação os lábios, seios e órgãos genitais ficam avermelhados pois enchem-se de sangue. É por isso, que os homens têm a tendência para considerarem o vermelho-vivo a cor mais sensual.
3) Tocar-se a si mesma. Pode traduzir o que a sua mente sente.
4) Pulso descaído. Usado quer por mulheres quer por gays.
5) Acariciar um objecto cilíndrico. (Este gesto explica-se a si mesmo).
6) Mostrar os pulsos. A exposição da zona macia e suave do pulso aumentará à medida que o interesse cresce.
7) Olhar de lado sobre o ombro.
8) Ancas bamboleantes.
9) Inclinação pélvica. A silhueta tipo ampulheta é a mais desejável. Os homens tendem a preferir mulheres de tipo ampulheta mesmo com excesso de peso a mulheres que não possuem esta forma.
10) Carteira perto do homem.
11) Perna cruzada.
12) Entalar uma perna na outra.
13) Afagar o sapato.
PS: Em breve as meninas também terão direito às formas de cortejo masculino.

sábado, julho 29, 2006

Olha

o blog fez seis meses no passado dia três! E eu esqueci-me por completo. Vou fazer o "balanço dos seis meses". Acho mais piada comemorar esta ocasião do que a cada ano até porque nem sei se lá chego (ups, se calhar não devia dizer isto). Comecei com muitas dúvidas. O meu conhecimento do "bicho" (entenda-se bicho como blogger) era nulo. Ainda posso dizer que não é grande coisa. Sei o básico desde o início e com o básico continuo. E para primeira experiência bloguística acho que não saiu nada mal. Podia ter carregado num botãozinho e, em apenas um dia apagar o blog. Ainda não o fiz o que é muito positivo! Ignorância à parte acho que as fronteiras da minha linha editorial, se é que alguma vez houve uma bem definida, se esbateram. E finalmente posso dizer que escrevo sobre tudo aquilo que eu quiser e quem não gostar não leia (simples não?) Ainda não sucumbi àquela coisa chamada site meter porque a minha satisfação não está em saber que muitos passam por aqui, mas que os "poucos" que por aqui passeiam comentam dizendo o que lhes vai na alma. O que eu vejo não mudou. São críticas, amuos, piadas parvas, crónicas, histórias, enfim tudo o que se esconde por detrás deste nome anónimo. E muito sinceramente? Estou a gostar.

domingo, julho 23, 2006

Mitos Urbanos IV

Uma carta:
“A minha trisavó, doente há bastantes anos, morreu alguns dias depois de cair num coma profundo. O meu trisavô ficou devastado, estavam casados há 50 anos! Quase podia jurar que, depois de tanto tempo, eles conheciam os pensamentos um do outro!
O médico declarou-a morta mas o meu trisavô não o quis aceitar. E ficou tão doente que teve de ficar de cama medicado durante o funeral. Mas nessa noite ele teve um pesadelo horrível. No seu sonho a minha trisavó estava a sufocar num sítio escuro. Ele telefonou logo para o médico a pedir a exumação do corpo mas ele recusou. Durante uma semana os pesadelos continuaram e o médico recusou sempre.
A minha família começou a achar que só a exumação podia dar descanso ao meu trisavô e impedir que ele enlouquecesse por isso concordaram em pedir ao médico para abrir o caixão.
Finalmente o médico cedeu e, em conjunto com a polícia, exumaram o corpo. O caixão foi aberto e viram o cadáver da minha trisavó todo contorcido como se tivesse enterrado viva e lutado para sair dali! As unhas dela estavam partidas e dobradas para trás e no interior do caixão arranhões…”
PS: E a partir deste momento, os mitos têm uma segunda casa aqui!!!

quinta-feira, julho 20, 2006

Realidade Oculta

O cinema de terror é no mínimo curioso. Há gostos para tudo: espíritos, criaturas mutantes, extraterrestres e o preferido de muitos, assassinos em série. Lembram-se de filmes como o “Psico”, em que uma mulher se hospeda num hotel e é morta pelo dono do hotel que fingia ser a sua própria mãe já falecida? E que tal “Massacre no Texas”, em que cinco jovens são assassinados com uma serra eléctrica por um homem que usa uma máscara com a pele das suas vítimas? E o “Silêncio dos inocentes” onde se procura um assassino que tira e veste a pele das suas vítimas? E, já agora, acham que os guiões destes filmes se devem apenas a uma imaginação prodigiosa e muito (mas muito) mórbida, dos seus criadores? Se ainda duvidarem a resposta é negativa.

Ed Gein é o “pai” de todos estes filmes. É ele a mente e a personagem principal, e o que nos assusta ou faz soltar gargalhadas sonoras são a recriação dos seus crimes. Este senhor, nascido em 1907, sofreu brutais espancamentos da sua muito severa mãe que lhe ensinou que sexo era sinónimo de pecado. O jovem Gein ficou com graves mazelas psicológicas que aguardariam até ao momento propício para se manifestarem. A oportunidade surgiu com a morte da mãe de Ed. A educação é uma coisa muito engraçada. Fazemos, muitas vezes, o possível e o impossível por agradar aos nossos pais reprimindo as nossas pulsões mais primitivas. Imaginem por um momento que o que nos impedia de satisfazer os nossos desejos mais recônditos desaparecia. Foi isso que aconteceu a este homem, já de si perturbado e indeciso entre uma moral extremamente rígida e a liberdade dos seus desejos bestiais. Para infelicidade da vida humana e satisfação dos escritores de contos de terror Gein viria a efectuar práticas de necrofilia e canibalismo. E até um ímpeto (artístico???) de transformar a pele das suas vítimas em peças de roupa e em mobiliário. Aquando da sua captura Ed confessou que gostava de se vestir com as roupas e máscaras confeccionadas de pele humana e fingir ser a sua mãe de quem sentia grande saudade. Havia mais quinze corpos espalhados pela sua fazenda na noite em que foi preso, Ed disse que não se lembrava ao todo, quantos assassinatos tinha cometido. Seria ele, um adulto comandado por uma mente de criança a quem nunca foi dada a oportunidade de se desenvolver em harmonia? Ou uma semente má que faria exactamente a mesma coisa se criada noutras condições? E que obsessão doentia é a nossa que nos faz replicar um passado sombrio e procurar tirar prazer dele?

segunda-feira, julho 17, 2006

Nunca se metam com a avó!

Em Melbourne, na Austrália uma avozinha de 81 anos decidiu fazer justiça pelas próprias mãos quando dois homens violaram a sua neta de 18 anos.
Que poderia fazer uma vingativa senhora de idade tão avançada? Talvez contratar uns capangas para ir dar uma sova aos violadores ou, porque não, se tiver a carta atropelá-los… Er… Não.
Ava procurou durante uma semana os bandidos e vingou-se na sua forma tão especial… Depois dirigiu-se para a esquadra de polícia mais próxima e disse: “Por Deus, aqueles estupores nunca mais irão violar ninguém! (As palavras não foram exactamente estas, mas faz-se o que se pode na tradução).
De acordo com a polícia, Davis Furth de 33 anos perdeu o pénis e os testículos quando uma Ava vexada/indignada/zangada/irada (acho que percebem a ideia), abriu fogo com a sua pistola de 9 mm no hotel onde ele vivia com Stanley Thomas, o seu parceiro de crime. Este último teve (melhor?) sorte uma vez que os médicos conseguiram salvar o seu pénis.
A avozinha Rambo, como é agora chamada, (estes australianos têm cá uma imaginação), decidiu agir depois de a sua neta ter sido assaltada no seu veículo e violada. “Quando vi a cara da minha Debbie decidi ir atrás daqueles estupores porque pensei que a polícia iria dar-lhes uma pena pouco dura”.“Por isso, quando os encontrei mal o grandalhão abriu a porta do quarto eu disparei onde lhe ia doer mais, mesmo entre as pernas”, (palavras da senhora, não minhas). “Depois fui-me entregar à polícia”.
Agora, os homens da lei andam confusos a tentar descobrir o que fazer com a avózinha Rambo. “É óbvio que o que ela fez está errado, mas não se pode mandar uma pessoa de 81 anos para a prisão”, disse o detective Delp “especialmente quando todos os 3 milhões de pessoas na cidade querem promovê-la a santa!”

terça-feira, julho 11, 2006

Teoria da Relatividade

Sentou-se no canto mais recôndito do bar. Ajeitou o cabelo e o justo vestido preto. Ouviu um som enervante e sentiu o tecido a ceder debaixo de si. As amigas tinham ido dançar. Olhou em vollta e verificou: o vestido rasgara a todo o comprimento do traseiro. Tinha de sair dali! Para cúmulo do azar as amigas tinham ido dançar para o meio da pista de dança. Estavam a dar espectáculo. Era mesmo o feitio delas. Agora nunca iam reparar nos sinais nervosos que fazia para lhes chamar a atenção. E o pior é que até gostaria de estar a dançar, coisa que as doze horas de trabalho e sapatos agulha impediam de forma veemente.
"Burra, burra, burra", pensou. Fora má ideia fazer as tais horas extraordinárias, aceitar o convite para sair, deixar que as amigas a vestissem e maquilhassem. Por esta altura devia ter a pintura toda borrada: esquecia-se e esfregava os olhos de sono. Isto não era o seu estilo. Provavelmente ficaria uma hora à espera que as fenomenais bailarinas a que chamava amigas se lembrassem dela e a fossem salvar. Nos entretantos conheceu alguém que reparara nos sinais lançados à pista de dança e pensara que eram para ele. Ela corou e voltou a ajeitar o vestido. Ele convidou-a para dançar. "Que bom! Ele não viu o rasgão!" Não pôde aceitar. Ele sentou-se no bar e pediu uma bebida. Ficaram uma hora a conversar sobre tudo: vida, morte, interesses, filosofia, familia, amigos... Tudo, tudo, tudo... Convidou-a mais uma vez para dançar. Desculpou-se, não podia mesmo aceitar. "Mostrar o traseiro a toda a discoteca? Não me parece."
Ele duvidou do tempo que passara. Ela, afinal não estava interessada. Durante uma hora fez papel de parvo. Que ela só se queria ver livre dele e que ele, estupidamente confundiu as risadas com nervosos "vai-te embora". Se era isso que ela queria era isso que ele iria fazer. Despediu-se dela com dois beijos e desapareceu na confusão.
Enquanto o via a afastar-se ela pensava: "Não vás. Espera. Mas não posso ir contigo. Nem sequer pudemos trocar os nossos números..." Aquela hora evaporou-se num minuto. queria outra hora, não, queria duas, mais... As amigas apareceram por fim. "Estás bem?" "Não. Rasguei o vestido."
Põe a tua mão no fogão durante um minuto e parecerá uma hora. Senta-te com uma rapariga bonita durante uma hora e parecerá um minuto. Isto é relatividade.
Albert Einstein

quinta-feira, julho 06, 2006

Decepção

Podia fazer aqui um ENORME texto com os 50.000 motivos pelos quais Portugal DEVIA ir à final do Mundial, mas acho que basicamente TODA a gente os sumariou e muito bem. Tenho pena... No próximo jogo iria equipar-me assim...

domingo, julho 02, 2006

As mulheres...

... e a casa de banho. Aqui está um fascínio masculino que não entendo. Porque é que os homens ficam a) embasbacados ou b) babados quando duas raparigas dizem que vão à casa de banho juntas (quem diz duas diz mais, mas isso já é demasiado complicado para a psique masculina). É que não sei se já perceberam, mas nós que nos dizemos do sexo feminino não utilizamos o quarto de banho para fazer as necessidades. Também retocamos a maquilhagem e, por vezes, para trocar algumas impressões sobre assuntos que em nada interessam ao universo masculino... Mais razões? Bem... a necessidade tão feminina de falar! Talvez o homem não seja capaz de falar enquanto se alívia (que expressão tão feia)! No entanto, mulher que é mulher, continua a conversar como se nada fosse. Somos extremamente higiénicas (é óbvio que a nossa carteira/mala não vai ficar pendurada ou apoiada num sítio onde ficaram outros tantos milhares de objectos)! Sabe-se lá que germes aquilo tem?! Além disso, podemos sempre trocar produtos de beleza com as nossas amigas (queremos estar sempre bonitas para eles que, apesar de tudo, se queixam do tempo que lá demoramos). E depois temos sempre as conversas mais profundas enquanto lá estamos, nem que seja a falar mal deles (ok, isto não é totalmente verdade). Enfim, explicamos vezes sem conta os nossos motivos para irmos em "grupinhos" ou em "escursão" (como já tenho ouvido) e continuam a fazer a mesma pergunta... Garanto que não há nenhum segredo sórdido... Nem há um posto de vigilância montado sobre vocês... Nem que vamos trocar de identidade com a nossa irmã gémea malévola... Nem falamos sobre futebol, cerveja e a nossa última conquista... Nem para falar sobre a nova namorada do não sei quantos que é amigo do vizinho do nosso primo em 2º grau...
Nem vou dar mais espaço à imaginação...

Acossado

Quem quer ficar ao sol quando se tem medo da própria sombra?

quarta-feira, junho 28, 2006

Still Alive and Kicking!

... ou título em inglês para dar um ar muito fino ao texto.

Enquanto estudo dá-me vontade de: ouvir a "garagem da vizinha" do Quim Barreiros (!#*&); comer morangos (mesmo sendo EXTREMAMENTE alérgica); espreitar pela janela (de onde só se vêem prédios); vaguear pela casa (sem objectivo definido).
Pergunta: Isto é normal?

quinta-feira, junho 22, 2006

10 coisas que odeio

Em resposta ao desafio lançado pela Luísa aqui vão 10 coisas que eu não gosto.
1) De pessoas egocêntricas, mesmo que tenham muito sucesso nada justifica esta atitude.
2) De gente inconstante, são pessoas em quem pura e simplesmente não confio.
3) Que falem comigo aos berros ou me abram a porta à bruta quando estou a acordar. É uma falta de respeito e fico o resto do dia com muuuuuito mau humor (tirando isso até sou boa rapariga).
4) As mensagens de e-mail que prevêem a minha morte, não sei quantos anos de azar ou seja lá o que for. Os que me conhecem já deviam saber que não vale a pena enviar-me daquilo. É que vai direitinho para a lixeira.
5) Que faltem aos compromissos e mais, que só telefonem a desmarcar à última da hora.
6) Iscas e beterraba… Isto é o suficiente para me pôr em greve de fome e eu até gosto tanto de comer…
7) Malícia (acho que quanto a isto é escusado fazer comentários).
8) Que após muitos anos de amizade não me façam confidências com medo da minha reacção. Ora se eu sou vossa amiga o que vos faz pensar que após tanto tempo vou ficar desiludida?
9) Falsidade. Se não gostam de mim não finjam que sim porque eu também não o farei.
10) Dar graxa. Isso comigo não funciona. Posso ser agradável com as pessoas, mas não limpo os sapatos a ninguém. E agradeço também que não mo façam. Sejam vocês próprios. Impressiona bastante mais e funciona bem melhor.
Como habitual lanço este desafio na blogosfera. Quem quiser responder a este desafio avise para eu depois ir ler. Correndo...

terça-feira, junho 20, 2006

Mostrar Trabalho

Bem... como já muitos deverão ter percebido eu sou estudante. E quem também o é sabe o que aí vem. A tão ansiada (mentira!) e temida época de frequências e exames. É um pouco assustador pensar que me andei a esfalfar o ano inteiro para os resultados não serem os melhores... Enfim, não quero pensar nem penar muito nisso e a melhor forma de o fazer é estudar. Mas estudar muito. Enterrar o nariz nos livros. Escrever até doer o pulso e sentir formigueiro nos dedos. Comer, dormir e respirar números e letras! A vontade não é muita, é antes e para dizer a verdade, nenhuma. Mais depressa iria para a praia com mau tempo do que fazer um exame. Acho que não há ninguém neste planeta que diga: "yupiiiiii vêm aí os exames!" Mas se existir avisem-me porque eu gosto de conhecer aves raras. Se fosse uma excelente estudante talvez não estivesse minimamente aflita, se a avaliação fosse contínua e não no fim do ano (sim, esta é especialmente dedicada a vocês professores), se não tivesse outros deveres (e algum lazer porque também mereço) esta época seria mais descansada. Mas são demasiados ses. E não posso viver de ses por isso, é estudar, aguentar e "rezar". Toda esta conversa para quê? Para me convencer do que tenho que fazer, desejar boa sorte aos que se dedicam a esta "grande aventura" que são os estudos e boas férias aos que as podem gozar agora.
PS: Posso continuar a pôr aqui textos com a mesma "regularidade" ou não, logo se verá. Tenho de correr.

sábado, junho 17, 2006

Depois de Morto

Porque não sabemos a hora da morte. Até quando estão os nossos dias contados. Só sabemos que queremos decidir o mais rápido possível o que hão-de fazer com o nosso corpo. Há duas opções: ou ir ter com os bichos ou acabar num monte de cinzas.
Ser enterrada nunca me agradou muito. Sei lá, a ideia de irem comprar um caixão e flores, preparar o funeral, vestirem-se de negro e ir chorar baba e ranho enquanto o caixão desce à cova, parece-me demasiado. E também não vejo a utilidade de ir alimentar os vermes quando já há demasiados cadáveres em decomposição. Uma lápide onde chorarem? Se me querem lembrar só têm de não se esquecer de mim... Ponham-me logo a etiqueta e atirem-me para o forno. Atirem as minhas cinzas ao vento, largem-nas sobre o mar, não interessa... É escusado guardar a urna. A não ser que a considerem um bom objecto decorativo! Façam o que quiserem. Se estiver morta não me irei queixar. Porque há-de este cadáver dar trabalho aos outros?

terça-feira, junho 13, 2006

Dieta de Verão

Estamos em época de Verão, calor, sol, praia por isso, chegou a altura de tirar a receita miraculosa de emagrecimento da gaveta (digamos que um pouco atrasada).
Dieta do chocolate:
1) Come uma tablete de chocolate antes de cada refeição. Ficas sem apetite, logo comerás menos!
2)O Chocolate é um vegetal (sim, esse mesmo). É feito de cacau=vegetal, e de açúcar (um pouco deste também não faz mal a ninguém). E ainda de beterraba, também um vegetal. Assim, o chocolate é integralmente um vegetal, quase uma salada.
3)Chocolate também leva leite. Por isso é muito saudável.
4)Pode ser recheado com passas, morangos, nozes.. Tudo frutas e estas são saudáveis, logo come a quantidade de chocolate que te apetecer.
5)Equilíbrio: se comeres porções iguais de chocolate branco e chocolate preto.
7)Tem muitos conservantes por isso, conservas-te.
8)Escrever "comer chocolate" no início da tua lista de coisas a fazer hoje. Ao menos um item da tua agenda será realizado!
9)Uma boa caixa de chocolates pode suprir toda a tua necessidade diária de calorias.
10)E não te esqueças: stressed (stressado) soletrado ao contrário é dessesrts (sobremesa). Escusado será dizer que me refiro a chocolate. Poranto, sobremesa é o antídoto do stress.
PS: Desconheço a autoria desta receita. Ah e adaptei-a. Boa dieta!

sábado, junho 10, 2006

Mitos Urbanos III

Numa daquelas noites quentes uma mulher saiu para ir beber com amigas. Ela saiu do bar de madrugada entrou no carro e fez-se à estrada. Como já tinha uns copitos a mais foi a guiar devagar pela estrada deserta. Pelo espelho retrovisor notou um par de faróis que a encadeavam e se aproximavam a um ritmo mais rápido que o dela.
Como o carro se encostasse ao dela fez sinal com os faróis – ia ultrapassá-la – mas não fez. Voltou a encostar-se à sua traseira, desta vez muito perto e fez repetidos sinais de faróis.
Agora ela começava a ficar nervosa. As luzes diminuíam ou aumentavam de intensidade consoante o carro se aproximava. Assustada, a mulher lutava para manter os olhos na estrada enquanto procurava a estação de serviço mais próxima.
Finalmente viu surgir a sua saída. Fez uma viragem brusca mas o carro que a perseguia também conseguiu virar. Ao entrar na cidade, o carro parava em cada sinal e por cada rua em que ela seguia. Ao chegar ao parque de estacionamento da sua rua, ela decidiu que a sua única esperança era correr para dentro de casa e chamar a polícia.
Assim que ela saiu do carro também o fez o condutor do outro carro que gritou: “feche a porta e chame a polícia! Chame o 112!”
Quando a polícia chegou a horrível verdade foi revelada. O homem do carro estava a tentar salvá-la! Ao aproximar o seu carro do dela e os faróis iluminaram o carro, ele viu a silhueta de um homem no banco traseiro com uma faca apontada para ela, por isso, ele aproximou-se e piscou as luzes e a figura abaixou-se atrás do banco.
Moral da história: verifica o banco de trás!

Pessoal

Há uns tempos li que "the more you know who you are, and what you want, the less you let things upset you", aqui. Na altura não compreendi. Isso aconteceu não porque não sei inglês ou não sei descortinar significados, mas porque se eu achava que sabia quem era e o que queria não devia ter razões para estar chateada. Menti a mim própria dizendo em sussurro "não estou chateada". E cheguei à conclusão que mentirmos a nós próprios não resulta porque repeti essa frase umas mil e uma vezes (em sussurro), até terminar num grito. É claro que estou chateada! E cansada! E farta! Quero ser ouvida, não mereço ser ignorada. O que tenho dizer tem de ser importante. E não posso fazer mais cedências. Porque se eu as faço tu também tens de as fazer. Não posso abdicar de ser quem sou por nada, (que é aquilo que tenho de momento). Eu tenho NADA! E mereço mais que isso. Por isso, vou virar o disco e tocar outra música porque desta já eu enjoei!

sexta-feira, junho 09, 2006

O meu Pensamento do dia

Quando consegues finalmente fazer o login esqueces-te daquilo que ias escrever.

PS: Era para ter escrito qualquer coisa na quarta-feira, mas não me lembro...

segunda-feira, junho 05, 2006

Isto é que é ter um mau dia!

Uns bombeiros da California encontraram um cadáver numa secção de floresta queimada enquanto avaliavam os estragos causados por um incêndio florestal. O falecido estava vestido com um fato de mergulhador completo. A autopsia revelou que a pessoa morreu não de queimaduras mas de extensas lesões internas. Conseguiram identificar o corpo pelos registos dentários, depois veio a parte mais difícil: descobrir como é que um mergulhador foi parar a um incêndio!
Descobriu-se que nesse dia o morto tinha ido mergulhar no oceano a grande distância dali. Os bombeiros, procurando controlar o fogo o mais rápido possível, chamaram helicópteros... que foram lá buscar água em grande quantidade e a despejaram sobre a floresta. Pois. Num minuto o nosso mergulhador estava dando o seu mergulhinho de recreio e no outro, ele estava a fazer queda livre sem paraquedas e com botijas de oxigénio! Err... Há dias em que não compensa sair da cama!
Traduzido e adaptado daqui.

sábado, junho 03, 2006

A estranheza da vida

A vida é algo de muito estranho e bastaram-me muito poucos anos para o reconhecer. Lembro-me muito bem de uma boneca que quis mais do que me lembro de alguma vez querer um objecto. Era pequenina e fiquei encantada perante a beleza daquilo que via na montra. Nunca a pedi, embora fosse por demais óbvio que a queria. Quando a recebi, alguns meses mais tarde, fiquei extasiada! E como me disseram depois, os meus olhos adquiriram um brilho fabuloso. Andava com ela por todo o lado e era giro de ver porque eu era muito pequenina e carregava a boneca (não era um nenuco, embora parecida e ainda maior), por cima dos ombros, um bebé a pegar num bebé. Cortei-lhe o cabelo, pintei-a, mudei-lhe as roupas, sujei-a, fi-la passar por imenso, acredito que se a boneca fosse de carne e osso eu seria julgada por maus tratos a menores!
Há poucos dias encontrei a boneca por acaso e decidi pô-la num caixote para caridade. Sem hesitações. Vi-a, peguei-lhe e meti-a na caixa. É um paralelo daquilo que sucede com as relações: primeiro queremos muito e depois, com o passar do tempo, o querer esmorece ou acaba e não há alternativa a não ser metê-la na caixa e dá-la a outra pessoa. E é isto que não compreendo: porque é que gastamos tanto tempo e energia numa coisa que, mais tarde ou mais cedo, iremos rejeitar? Há coisas que queremos e conquistamos para sempre, daí que estejamos sempre a arriscar, mas mesmo assim, porquê esforçar-nos por uma raridade?

terça-feira, maio 30, 2006

Correspondência

Oi! Eu sou o Roberto. Angela você é uma gata não é? Posso tratar você por gata posso? Eu vi o seu endereço num mail e lhe adicionei. Há já algum tempo que queria falar com você, talvez você não tenha msn. Seu nome é assim lindo e exótico. De certeza que não é do Brasil? É que se fosse eu queria ver você. Aposto que você está sempre recebendo e-mails de caras sem jeito mesmo. Olha eu não sou assim, sou legal e bonitão. Tenho 1,80 m, 38 anos, sou loiro de olhos verdes e não tenho namorada. Tem aqui o meu endereço e o meu número de telefone. Me liga estou ansioso em conhecê-la!
Oi Robertão! Posso te chamar assim não posso? Não gosto que me chamem gata, tenho pavor a esse bicho, mas parece que já te deste a essa liberdade. Ah és tu que andas há um mês a mandar-me convites para me juntar ao Zorpia e para o Bebo e para o Hi5 e não sei que mais? Pois, não tenho mesmo msn, que pena. Sim, o meu nome é mesmo lindo quanto ao ser exótico não tenho tanta certeza. Não sou do Brasil, nunca lá fui e não devo lá ir. Só tenho seis meses de vida e queria passá-los com os meus 5 filhos e o meu marido. É claro que se quiseres pagar as passagens e convidar-nos a ficar em tua casa… Mails não recebo muitos, pelo menos para este que é do trabalho. És legal e bonitão? Não duvido mas com a diferença de idades nunca nada poderia resultar entre nós (eu tenho 56)... Além que gosto de homens mais altos que eu e morenos. Só não compreendo como é que com esses atributos todos ainda não tens namorada. Pareces-me carente. Se quiseres posso te dar o nome de algumas instituições. Se quiseres um serviço mais especializado, as mininas da tua zona deverão ter todo o gosto em agradar-te, devem mesmo atropelar-se por ti, seu bonitão alto e de olhos verdes.




Xau Robertão

Ps: espero que encontres a gata que tanto desejas.

Ps2: se não paras de me assediar o meu marido vai aí e parte-te os c*****!

Beijinhos da tua Angela

segunda-feira, maio 29, 2006

A imagem

Transported by Passion por Werner Hornung

Quando não se consegue dizer nada e a imagem diz tudo.

domingo, maio 28, 2006

Bora lá ter um filho

Já alguém reparou na recente explosão demográfica entre celebridades? Nos últimos dois dias três casais foram abençoados com o nascimento dos respectivos rebentos. Catarina Furtado e João Reis, (pronto, estes não são bem celebridades), Gwen Stefani e Gavin Rossdale e o casal “tão bonito que até enjoa”, Angelina Jolie e Brad Pitt.
Pelos vistos eles combinaram ter, nos dias 26 e 27 de Maio os seus filhotes. Se não soubesse diria que era uma conspiração para a dominação do mundo, mas que estou para aqui a dizer, eles JÁ dominam o mundo. Ora vejamos, eles decidiram mandar a abaixo a teoria de que pobre é que tem filho. Em vez de multiplicar a pobreza multiplica-se a riqueza! Que bom que é para nós…
Casa com rico, multiplica a riqueza e depois a descendência estoira-a em luxo e excentricidades que nunca compreenderemos.
Seja como for, ninguém tem culpa do berço em que nasce e, quem sabe, até podem vir a ter juízo e dar a volta às nossas ideias preconcebidas. Aos papás os meus parabéns!

terça-feira, maio 23, 2006

Gostos

Gostos. Por qualquer razão que me escapa dizem-me sempre a frase "gostos não se discutem, lamentam-se", quando digo gosto de Max Ernst. Dizem que é estranho e eu pergunto porquê. Preferem retratos. E quando eu pergunto quais ou não se lembram ou não sabem responder. Se calhar preferem a Mona Lisa. "Ah isso também não". Não? Então não é um retrato? Pelos vistos não é bem isso que gostam... Dizem-me ainda que agora todos têm a mania das modernices. Que essas "modernices" não prestam e que estão a renegar e remeter para segundo plano os grandes mestres. É certo que sem os mestres não haveriam estes "modernos", mas não se pode viver sempre do passado. Um pouco como Portugal...
Talvez gostem é de um retrato em particular... É como eu. Eu não gosto de coisas estranhas. Gosto é de uma ou outra tela de Max Ernst.

segunda-feira, maio 22, 2006

Se o dizem...

O problema com a pontualidade é que não está lá ninguém para a apreciar.
A vida é agradável. A morte é pacífica. É a transição que é problemática.
Quem disse que o dinheiro não compra a felicidade não sabia onde a comprar.
O álcool não resolve problemas, mas o leite também não.

quinta-feira, maio 18, 2006

Só queria

Estar aqui...











E aqui...












E aqui...











E aqui...

E aqui!

quarta-feira, maio 17, 2006

Estes sabem do que falam!

Leis de Murphy
1) Quando as tuas mãos estão cobertas por uma substância pegajosa começas a ter comichão no nariz ou precisarás de ir fazer as necessidades.
2) Qualquer ferramenta quando cai vai rolar para o canto menos acessível.
3) A probabilidade de ser observado é proporcional à estupidez do teu acto.
4) Quando telefonas para o número errado a linha nunca está ocupada.
5) Se disseres ao teu chefe que te atrasaste porque tiveste um pneu furado isso irá acontecer-te na manhã seguinte.
6) Se mudares de faixa de rodagem aquela onde estavas começará a andar mais rápido e a tua mais lenta. (ALERTA piada parva: Não será porque és tu que não sabes guiar e estavas a empatar o trânsito na tua faixa?)
7) Quando o teu corpo está totalmente imerso em água o telefone toca.
8) A probabilidade de encontrares alguém que conheces é maior quando estás com alguém com quem não queres ser visto.
9) Quando queres provar a alguém que uma máquina não funciona, ela funciona!
10) A severidade da comichão é proporcional à dificuldade em chegar-lhe.
11) Em qualquer evento, as pessoas que têm os assentos o mais longe da coxia são as últimas a chegar.
12) Assim que te sentas com uma chávena de café quente, o teu chefe chama-te para fazer algo que só terminará quando o café estiver frio.
13) Se só houverem duas pessoas numa sala com cacifos, os cacifos serão adjacentes.
14) A probabilidade de sujar um tapete está directamente correlacionada com a sua novidade e o seu custo.
15) Tudo é possível se não souberes do que estás a falar.
16) Se alguma coisa pode dar errado, dará. E dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a que cause o maior dano possível.
Lei de Brown
Se o sapato serve é horroroso.
Lei de Wilson
Assim que encontrares um produto de que gostas realmente, ele parará de ser fabricado ou mudará para pior.

segunda-feira, maio 15, 2006

Mitos Urbanos II

Eis um mito que tem causado grande impacto, em particular nos dormitórios de estudantes nos E.U.A., – como não podia deixar de ser.
Reza a história que duas estudantes, muito amigas, tiveram um desentendimento por causa dos exames. Enquanto que Julie queria ir a uma daquelas famosas festas de irmandades a Meg queria ficar a estudar para os exames que, por sinal, estavam mesmo à porta.
Julie não conseguiu levar a sua avante e foi sozinha para a festa. Divertiu-se imenso, a festa estava a rebentar pelas posturas. O dormitório devia ter sido todo esvaziado. “Mau para ela”, pensou Julie sobre a colega de quarto. Mas às duas da manhã a culpa venceu-a: a colega tinha ficado no dormitório a estudar sozinha. Abriu devagar a porta. Chamou Meg mas esta não lhe respondeu. Talvez ainda estivesse zangada ou num sono profundo. Decidiu ir dormir para o quarto do namorado e percorreu às escuras o quarto à procura de roupas e outras tralhas, tentando não incomodar a amiga. A seguir, com todo o cuidado, saiu.
Na manhã seguinte Julie foi bem cedo para o quarto decidida a pedir desculpas a Meg por ter discutido com ela por uma razão tão parva. Quando chegou ficou chocada. O quarto parecia ter sido invadido por toda a esquadra da polícia. Eles perguntaram-lhe se ela morava ali e ela respondeu que sim. Eles deixaram-na entrar no quarto. E ali, escrito com sangue na parede tinha as seguintes palavras: "Não estás contente por não teres ligado a luz?" A sua colega era assassinada enquanto Julie recolhia as suas coisas.
Nota um: Tão cedo não durmo com a luz apagada.
Nota dois: Quando me convidarem para sair, não penso duas vezes: vou!!!

sábado, maio 13, 2006

Encontros

Costuma-se dizer que só damos real valor à vida quando temos um encontro com a morte. Eu tive encontro bastante próximo, para aí de cinco metros.
Eu olhava distraída pelo vidro quando ela passou a correr. Ela estava como eu, distraída. Acho que ela não percebeu o que aconteceu e o condutor do carro vermelho também não. Não ouvi o som de um carro a travar. Só ouvi o choque, diferente de qualquer som que já tenha ouvido. Silêncio. Uns segundos depois vejo o caderno dela a voar por cima do meu veículo. O rapaz saiu do carro com as mãos na cabeça que diziam: "o que é que eu fiz?"; "como é que isto me pôde acontecer?"
Quem olhasse para o vidro não diria ser possível que a rapariga pudesse sobreviver. Mas estava viva e a falar, estendida sobre a mochila de escola com os caracóis negros espalhados no alcatrão. Uma multidão juntou-se em poucos segundos a observar a cena. Devem ter sido rápidos a chamar o 112 porque dentro de cinco minutos cruzar-me-ia com as sirenes.
O sinal ficou verde e eu afastei-me. Fiquei a pensar sobre o que acabara de ver. O vidro entrara pelo carro adentro... O sangue na boca dela enquanto falava... Revoltei-me: porque é que ela atravessou ali? Não havia passadeira. Nem sequer prestou atenção. Ela nunca teria hipótese de evitar o acidente... E o condutor também não... Tão novinha... (O raio do caderno a cair e o sangue que não me saiem da cabeça). Pensei e pensei, não consigo explicar. Mas de todos os receios e de todas as dúvidas só uma me faz estremecer. Será que ela vai ficar bem?

quarta-feira, maio 10, 2006

Dilema de morte

Estás dentro do carro à beira de uma ravina com uma arma apontada à cabeça.
O amor da tua vida está pendurado numa árvore a morrer enforcado e o teu melhor amigo está amarrado atrás das rodas do carro. Dão-te a escolher: se fizeres marcha-atrás a pessoa que amas conseguirá apoiar os pés no capot do carro e viver, mas o teu amigo morre atropelado. Se nada fizeres salvas o teu amigo, mas aquele que amas morre enforcado. Que farias?

segunda-feira, maio 08, 2006

Põe as mãos no ar

Faltam apenas uns minutos. Ainda não começou e já estás todo suado. Queres correr para a primeira fila e respirar o mesmo ar dos teus ídolos. Cinco, quatro, três, dois, um... corre.
A sala explode de gente. Multidão em fúria de prazer. A música começa rápida, hipnotizante, perigosa, emocionante. Falam para ti mas não ouves. Tentam que tu os percebas mas não lês lábios, nem te dás ao trabalho. O suor escorre pelos olhos, pelo corpo. O espectáculo de luz só aumenta a cegueira. Estás a dançar o que não ouves. A ver sem ver.
Sorris para quem não conheces. Tocas quem não deves. Que interessa? A emoção é tanta! Parece que o mundo se juntou ali para teu júbilo. Quanta alegria. Não sabes quem te agarra e te eleva. Deixas de sentir o chão debaixo dos pés. Perdes-te dos teus. Não faz mal. Daqui a nada (algumas horas), já se encontram no estacionamento. Vês o mundo ao contrário. Faces bonitas e desconhecidas transportam-te pelo recinto. Uma multiplicidade de mãos percorre o teu corpo: não te vão deixar cair. Fazes parte da massa e deliras! Perdes-te no espaço e no tempo. Dão-te comprimidos. Uma viagem alucinante? Não. Estás a ter uma. Podem guardá-los... É impossível sentir mais intensamente que este momento.
O fim chegou rápido. Sem aviso. Sem encore. Fica para daqui a uns anos, talvez. Se a tua banda favorita alguma vez regressar ao teu país minúsculo. Valeu cada momento. A multidão dispersa-se atropelando-se para sair. As caras estão feias e cansadas. És o último a chegar ao ponto de encontro. Perderam o transporte. Estás de rastos e vão ter de ir a pé. Mas terão uma história para contar...

A abrir a época festivaleira.

quinta-feira, maio 04, 2006

Amor

Devaneio de um louco?

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fonte da dor

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tentação de mentira

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fim do ser?

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usa-nos e cospe-nos?

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a alma inteira incompleta.

OU

glória?

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desejo do bem

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sobre todas as coisas?

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sonhos sonhados;

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vividos;

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sentidos;

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espasmos de felicidade

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abençoado toque divino?

quarta-feira, maio 03, 2006

Funerais

O terceiro ocupante da viatura onde seguia o actor Francisco Adam faleceu. Será que o seu funeral também vai ter direito a transmissão em directo na TVI?

terça-feira, maio 02, 2006

As pequenas coisas

A felicidade está nas pequenas coisas. A minha questão é a seguinte: como podemos nós gozar as pequenas coisas se o dia só tem umas míseras 24 horas? Apreciar as pequenas coisas é para quem pode e não para quem quer e tem coisas grandes com que se preocupar.

sábado, abril 29, 2006

Marijuana

Ao ler isto fiquei sem saber se deveria rir ou chorar. Parece que todos os anos os membros de uma comunidade na América (só podia!) se reunem durante um dia para fumar marijuana publicamente. Os protestantes, na sua maioria estudantes universitários não fazem mais do que afirmar a sua vontade em legalizar aquela droga. (Não é geração rasca! É protestante). Este ano aconteceu uma situação inédita: alguém andou a tirar fotos ao máximo de prevaricadores que conseguiu e agora as autoridades oferecem uma recompensa a quem os identificar! Isto é ou não ridículo? Talvez tenham cometido uma ilegalidade mas, não gastará mais o Estado, dinheiro nas recompensas que a deixar jovens/putos fumarem a sua droguinha de eleição durante um dia? E a formar uma comunidade de bufos? Aquilo foi apenas uma manifestação pacífica. Sim, envolveu drogas mas, não serão todos crescidinhos para tomar essa decisão?
Ah, o site em que estão publicadas as fotografias não adianta que acções a polícia irá tomar contra as pessoas identificadas. Será asim tão difícil de adivinhar?
PS: Pensaram que era um post sob drogas não?

quinta-feira, abril 27, 2006

Factos Inúteis I

Sabias que quando Bob Marley morreu foi encontrada uma dúzia de espécies diferentes de piolhos no seu cabelo?



Se curiosidade houvesse quanto a estes factos realmente inúteis foi satisfeita! Tenho de correr...

segunda-feira, abril 24, 2006

Mitos Urbanos I

Uma vez que o plebiscito está a decorrer decidi ser generosa e dar-vos hoje uma amostra de um mito urbano. Aqui vai!
Roland Opus atirou-se do topo de um prédio residencial em Manhattan numa manhã de Junho de 1994.
O seu corpo ficou preso numa rede de segurança colocada no 8º andar para desencorajar saltadores. Nada mais natural que efectuar uma autópsia a uma pessoa que se atirou voluntariamente de um prédio. O resultado foi er... morte devido a ferida na cabeça causada por... disparo de uma caçadeira. Começou uma investigação policial.
Pouco depois do incidente a polícia recebeu uma chamada de uma vizinha do 15º andar que disse ter ouvido um disparo vir do apartamento ao lado. Ali vivia um casal idoso de feitio algo... írascivel. Acontece que o casal de velhinhos costumava discutir e o senhor ameaçava com alguma frequência a companheira com uma caçadeira.
Como o casal explicou as discussões não passavam de ameaças ocas e com a arma descarregada. À investigação também não ajudou o facto de o casal não parar de discutir sobre quem teria carregado a arma.
Afinal, durante uma das muitas discussões a arma disparou pólvora verdadeira e falhou a mulher do casal saindo pela janela e indo acertar Opus que nesse preciso momento saltava para a morte. Já um homem não se pode tentar matar em paz?(Já cá faltava a piada sem graça!) Mas qual a probabilidade disto acontecer?
Entretanto descobriu-se que Roland tinha sérios problemas financeiros e que apesar dos seus pais serem endinheirados não o auxiliavam. E quem eram os seus pais? Nada mais nada menos que o simpático casal do 15º andar. Ao que parece Roland tinha lá estado pela manhã e carregado a arma. Assim, quando irrompesse nova discussão o seu pai dispararia a arma como habitualmente matando a sua mãe. O pai iria para a cadeia e em breve o jovem Roland herdaria o dinheiro.
Contudo a sua propensão suicida foi mais forte e menos de uma hora depois atirou-se do prédio.
A sua causa de morte foi alvo de intenso debate mas decidiu-se por morte por acidente. Afinal, não foi isso que se passou?
Até hoje esta história não passou de ficção à espera de uma confirmação no mundo real.
Até lá... É mito.

domingo, abril 23, 2006

Arte ou Isso VI

Slow red wounds twice por Samuel Araya
Esta em princípio será a minha última rúbrica da série "Arte ou Isso". Não se "preocupem" que já tenho outra(s) carta(s) na manga. Talvez como incentivo e reforço à interactividade, (isto afinal de contas é um blog), vou deixar-vos decidir qual será a próxima rúbrica. As sugestões são: Factos Inúteis e Mitos Urbanos. Acho que os temas são fáceis de desvendar por isso não vou revelar o que pretendo com eles além de que, há que manter um certo mistério! E também não digo qual preferia!
Ah e se tiverem entretanto outras sugestões, comentários e porque não, insultos podem sempre enviar um e-mail. *****

quinta-feira, abril 20, 2006

Sobre automóveis?!

Não entendo a mecânica do bicho. Se levantar o capot vai ser como estar a falar com um chinês, ou seja, não percebo nada. E também não atribuio grande importancia à estética. Vejo-o mais como uma tecnologia útil ao serviço da humanidade. Mas que estes wallpapers são bonitos, lá isso...

quarta-feira, abril 19, 2006

Cai o Pano

S. não conhecia nada a não ser a sua aldeia. Uma localidade pequena com aquele encanto que só uma terra natal pode ter. O que é nosso desdenhamos, o que não temos queremos e S. queria viajar. Uma grande cidade cheia de sons e de cores, era aquilo que mais queria e que a sua aldeizinha cinzenta nunca lhe poderia dar. Os pais, gente de poucas posses decidiu satisfazer o desejo à sua menina. Suaram muito para no seu vigésimo primeiro aniversário lhe poderem oferecer uma viagem.
S. foi sem olhar para trás. O passado fica sempre lá atrás. E assim foi nesta nova experiência. Viajou, fixou-se, aprendeu línguas, empregou-se numa multinacional, fez compras, conhecimentos e amores. Passeava vaidosa pelas ruas da cidade das luzes néon. Eram suas, tinha-as conquistado com os sapatinhos novos, a pose muito fashion e o casaquinho novo de pele.
Numa daquelas terças-feiras do costume, em que dava para esticar a hora de almoço ia ao seu restaurante favorito, no centro da cidade. Entrou como só ela sabia. "Bolas! Está cheio de gente!" Era um aniversário, detestava que o seu gourmet de eleição estivesse tão apinhado mas já que se tinha desviado tantos quilómetros do local de trabalho não ia deixar de almoçar ali. Se havia coisa que tinha aprendido era que ninguém lhe dizia que não e que ela levava sempre a sua avante. E ficou.
Finalmente chegou a hora de cantar os parabéns. Era um menino e estava rodeado pelos pais e amiguinhos de escola. Um empregado, estrangeiro sem dúvida, entregou-lhe um presente, "em nome da casa" disse ele. "Ah os pais devem ser bons clientes", pensou S. e bateu palmas embora a contragosto. Não deixou de notar contudo que o empregado tinha uma expressão diabólica. Tão cedo não voltaria, era o preço por a fazerem sentir uma cliente de segunda e contratarem novos empregados com um aspecto tão... pobre.
Sentiu algo estourar perto do ouvido quando voltava as costas. Quente. Escuro. Dor. A mesa ricamente enfeitada já não existia, eram só pedaços de madeira, estilhaços dos copos de cristal e da loiça de porcelana e... por todo o seu corpo também. Viu tudo em flashback: a aldeia branca, as casinhas de bonecas, o sol poente sobre o mar. Casa. Os pais. Rolaram lágrimas sobre o rosto ferido. A custo olhou para baixo, para o torso: sangue. Mas só conseguiu dizer: "F***-se estraguei o meu casaco novo!" Fechou os olhos.

segunda-feira, abril 17, 2006

Serviço Público

Há personagens que devem ser denunciados mesmo que já tenham falecido há muito. Cumpro aqui a missão de anunciar a verdadeira natureza da Rainha Elizabeth I (1533/1603). A série que deu na RTP há coisa de dias serviu para abrir os olhos (publicidade gratuita ao canal, deviam agradecer)! Antes de mais porquê a Rainha Elizabeth? Olhem, porque foi a personagem histórica de que primeiro me lembrei e sempre é mais interessante que a actual rainha de Inglaterra. Cheguei à conclusão que ela não podia pertencer a este mundo. A senhora tinha uma testa invulgarmente grande e nem quando começou a perder o cabelo se lembrou de arranjar uma peruca que que lhe cobrisse esse traço tão... óbvio. Tinha uns olhos encovados que só ficam bem numa pele muito branca e corpo franzino que carrega quilos e quilos de roupa e de jóias (a moda da época era uma treta: vivam as mini-saias!) Outro pormenor fora do comum era o titulo que ostentava: "Rainha Virgem". Isto não é normal! Ou se referem ao signo ou estamos perante sonhadores. Mais, uma rainha que tenta conciliar religiões? Onde já se viu tal coisa? Ela lá cortou uma cabeça ou outra (inclusive de um amante mas a pobre alma até tinha bom fundo).
Todo este discurso para dizer que acho que encontrei o meu primeiro alien. Ainda hei-de conferir aqui se estou perante a descoberta do século ou não. Em todo o caso julguem por vós que acho que fiz um bom trabalho.

domingo, abril 16, 2006

Medos

A Luísa do cantinho O que te quero desafiou-me a revelar os meus medos. Ora isso é muito difícil uma vez que não tenho medos! (Pronto, piada parva, começo bem)!
1) Medo de alturas. É muito mas muito mau. A simples menção da palavra AL-TU-RA faz os meus joelhos fraquejar. Suores frios percorrem o meu corpo e os joelhos tremem descontrolados. A parte mais ou menos engraçada deste medo é que não me impede de praticar desportos radicais como o slide ou rappel. Por isso, apesar de o medo estar lá nem sempre me impede de perseguir as loucuras a que me proponho!
2) Este é um medo que até a mim dá vontade de rir. Há pessoas que têm muito medo da solidão... Eu não. Assusta-me mais não ter o meu espaço. Detesto sentir-me sufocada. É uma espécie de claustrofobia só que ao excesso de gente. Os que me conhecem bem sabem do que falo. De quem gosto, gosto muito mas preciso do meu espaço, do meu tempo. Sem o meu precioso tempo de reflexão (ou seja lá o que for) o meu humor ressente-se. E isso não convém não é?
3) Sentir que sou inútil. A acreditar no destino, em metafísica, todos estamos aqui por uma razão. Gosto de estar ocupada ou de ir atrás daquilo que gosto e acho correcto. O que não falta por ai são causas que nos podem fazer sentir bem connosco, pelas nossas acções e sobretudo por aqueles a quem pudemos auxiliar (por mais pequeno que seja o gesto). Assim, tenho medo de não ser necessária.
4) Perder os que amo. Todos morremos. Isso é inevitável. Só queria que acontecesse o mais tarde possível. Isto é egoísmo mas por vezes desejo ser eu a primeira a ir para não passar pelo sofrimento de ver os que amo partir.
5) Que passe pela vida sem a viver. Já que aqui estou há que aproveitá-la da melhor forma. Tenho medo de não a viver ou de aproveitar mal aquilo que tenho em busca de coisas superficiais. Quero tudo, agora e muito intenso! E quero aquilo que importa e não buscas infrutiferas. Acabar a vida amarga porque não a soube viver deve ser a pior das sensações.
Agora faço o habitual pedido: desafio todos os que por aqui passarem, se acharem interessante. E avisem, para eu ler.

sábado, abril 15, 2006

Crise

Porque tento escrever e não consigo? Porque olho para o ecran e vejo todas as ideias evaporarem-se-me? Porque escrevo com um dedo sobre a tecla delete? Porque acho que já não vejo? Será que alguma vez vi? Ou estaria cega por uma nova paixão? Como posso abrir os olhos? Como posso ver o arco-íris? Deixar de ver tudo a preto ou nem ver sequer? Porque não consigo? Porque me pergunto? E as respostas não vêm? Porque se o fim antes de sequer vermos o início?
Pensava que seria tudo mais fácil. Que a nova emoção ajudaria a inscrever o turbilhão de ideias que se sente. O tempo passa e a emoção fica mas perde-se a agilidade nos dedos, os pensamentos mudam e não o podemos evitar. Queriamos que as teclas mudassem com eles: os dedos continuassem lépidos, com o apuro de antes. E não vagos, hesitantes. Queriamos cortar as mãos e escrever com a mente. Se ela consegue pensar porque não conseguem os dedos mover? Dá-se uma transformação que não pedimos nem desejámos. Sentimos uma traição em nós. Eu quero continuar! Só que não assim... Não sou musa de mim mesma. E lamento.
(Este texto foi apenas um momento. Não reflecte uma linha de pensamento constante. Embora, por vezes tenha esta necessidade de divagar por onde não devo.)

quarta-feira, abril 12, 2006

Dicionário do Beijo

Beijo de Despedida: Só mais um (a seguir aos quinhentos beijos que já foram dados). Diz-se deste jovem casal que ainda está no Estado-Lapa.
Beijo Mentiroso: Amo-te muito. Beijo longo, demorado e... é o último.
Beijo vejo-te daqui a 5 minutos: (titulo muito longo mas tem razão de ser e acho que é autoexplicativo)!
Beijo Meloso: Até os mais românticos admitem que o que é demais também enjoa!
Beijo too hot for real life:Er... Este não é para menores de 18. É aquele tipo de demonstração amorosa que tem uma conotação muito própria (pornográfica) e que dispensavamos que os nossos filhos e/ou irmãozinhos mais novos vissem! Errr... Arranjem um quarto se faz favor. Obrigada.
Beijo "Nunca mais acaba": é parecido com o beijo mentiroso mas neste caso só estamos a contar os minutos para... Sair dali!
Beijinho: Muito querido, fofinho adorável, agradavelzinho, rapidinho e todos os inhos de que se conseguirem lembrar.
Beijo "Esta saliva é minha ou é tua?": (Mais um que se explica por si só). PS: Não aconselhavel a quem usa aparelho, pastilha elástica e/ou piercing. Há perigo de electrocussão ou engasgo, tem como última consequência a morte.
Há mais beijos mas estes são aqueles que acho mais engraçados obrigada àqueles que inspiraram este mini dicionário. São os meus votos que ponham em prática o vosso dicionário nesta páscoa e depois o acrescentem, claro.

segunda-feira, abril 10, 2006

A sério

O último post foi... curto. E também não foi muito bem entendido (acho eu). O Sócrates a que me referia era o nosso primeiro ministro. As palavras que pus na boca do Sócrates... Eram de outro Sócrates que foi um filósofo grego em não sei quantos anos A.C. Achei que a frase se aplicava na perfeição. Fim.
Discussões sobre os méritos dos políticos... São um terreno que não gosto de desbravar e em que só entro muito raramente. A política é algo de maravilhoso: surgem sempre discussões cujas razões não vão além das cores políticas. Primeiro discutem-se os argumentos e depois é o pequeno insulto e a resposta que não é tão pequena nem tão inocente como o insulto que a gerou então, ninguém quer ter a última palavra... E nunca mais se sai dali! Mas isto são só as conversas sobre política e quem fala sobre política pode generalizar ao futebol. Claro. O belo do futebol. Se eu for de um clube e tu fores do arqui-inimigo de sempre, o grande rival, aquele com quem se luta para ganhar o campeonato, mesmo que esteja no último lugar da tabela, é ÓBVIO que nunca nos iremos entender. A sério gente, que sentido faz discutir com quem nunca vai concordar connosco? Alguém que se puder leva a rivalidade até à cova: "aqui jaz, zé antónio, anti-fascista até ao fim, sócio número um do não sei quantos da quinquagésima divisão C"! Ah e já agora (se só falta um assunto proibido, tenho o dever de tocar nele)! A religião! Pergunto: porque é se põe em cheque a religião dos outros? Ou tremer só de pensar que o outro não acredita e que por isso não vai para o céu. E depois? Perder o sono por causa dos infiéis? dos perdidos? daqueles que se podem converter no dia de amanhã?
Não se incomodem por minha causa. Eu assumo: não gosto de política, nem de futebol e muito menos de religião. E garanto que estes são os últimos assuntos de que quero falar. Sou humana claro, posso referi-los de vez em quando. O que eu não quero é ser abordada na rua porque o partido X é o que vai dar o rumo que o país precisa e convém afiliar-me o mais depressa possível. Também não quero estar a beber o meu cafezinho matinal, aquele muito necessário para recobrar energias e ouvir dois E.Ts que não se calam com o resultado do futebol de há uma semana (santa paciência)! Ah e se algum missionário estiver a ler isto pense bem antes de bater à próxima porta. Posso ser eu atrás da porta e até estar de mau humor. Posso não abrir a porta ou até abri-la e dizer que sou satânica. Posso ser uma simpátia e posso não ser. A sério, não se incomodem comigo.

sábado, abril 08, 2006

A Dúvida

Sócrates: "Só sei que nada sei".




Então como raio foi eleito?

quarta-feira, abril 05, 2006

nada para dar.

Será que nunca ouviste dizer que desistir é uma palavra proibida? Será que não sabes que todos têm algo para dar? Será que sabes como é desesperante ver uma pessoa tão boa e tão cheia de talento dizer que não tem nada para dar? Achas que o mundo ficará um sítio melhor por não contribuires mais para ele? Ou só te estás nas tintas? É egoísmo? Meu ou teu? As palavras de esperança que te enchem os ouvidos não passam disso mesmo, palavras? Não queres ouvir? Ou chegas a ouvi-las para tornar a decisão mais penosa? Tens vergonha de ti próprio? É isso?
Porquê? Por todos olharem para a tua sombra? Copiarem todas as tuas acções? Te considerarem uma das melhores pessoas que já conheceram? A responsabilidade é muita? Não a queres? Ou não a queres partilhar? Queres ajuda?

Dá voz à tua voz pois mais ninguém o conseguirá fazer. Tu consegues ultrapassar todos os obstáculos, mesmo aqueles que criaste. Não ergas barreiras à tua volta nem afastes os que amas.Vive agora, é este o teu momento, viverás para sempre. Luta as tuas lutas, não lhes vires as costas. Marca a tua diferença, não tenhas medo dela. As tuas palavras são belas, podem ser tuas aliadas. E o medo nunca foi bom...
Escrito com muitos anos de atraso.