quinta-feira, março 30, 2006

Pensamentos Perversos

"Mais vale um péssimo dia de praia que um bom dia de trabalho..."
" Alguns homens amam tanto as suas mulheres, que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros."
"Se mexer, pertence à Biologia; se feder, pertence à Química; se não funcionar, pertence à Física; se ninguém entende, é Matemática; se não faz sentido, é Economia ou Psicologia; se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende e não faz sentido, é Informática..."
"Os Homens mentiriam bem menos se as Mulheres não perguntassem tanto!"
"Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez."
"É fazendo muita merda que se aduba a vida!"
"A pior das sextas-feiras ainda é melhor do que a melhor das segundas-feiras."
"Amigos vêm e vão, os inimigos acumulam-se."
"Se o amor é cego, o negócio é apalpar."
"Crianças no banco dianteiro podem causar acidentes, acidentes no banco traseiro podem causar crianças."
"Viva cada dia como se fosse o último, um dia você acerta."
"O seu futuro depende dos seus sonhos, não perca tempo, vá dormir."
"Se, algum dia, aquela(e) que tu amas, te trair e sentires vontade de te atirar de um prédio lembra-te: Tu tens cornos, não tens asas..."
"Não digam mal da masturbação: é sexo com alguém que realmente se ama." Woody Allen
"Os homens têm horror às críticas. É por isso que adoram casar com virgens." Allan Pease, psicólogo
"Sexo é a coisa mais divertida que já fiz sem me rir." Woody Allen
"Aprendi que o amor é apenas uma partida que nos é pregada para se conseguir a continuação da espécie." Somerset Maugham
"Praticar sexo em excesso provoca amnésia e outras merdas de que agora não me lembro..."
Recebi por e-mail, não sei quem é o autor apesar de algumas frases apresentarem a autoria.

quarta-feira, março 29, 2006

Conclusão Chocante

O que vou aqui descrever foi uma experiência REAL realizada em 1965. Para alguns de nós a concepção estava ainda muito longe!
Após a II grande Guerra começaram a ser efectuados estudos sobre a obediência. Estes são tanto mais relevantes quanto entendermos os efeitos terríveis a que uma obediência cega conduziu.
A experiência consistia no seguinte: pessoas eram convidadas a participar num estudo sobre a memorização (falso pretexto). Em seguida, o experimentador explicava-lhes que teriam de fazer perguntas a um outro sujeito que (supostamente) seria o indíviduo estudado. Sempre que esse indivíduo desse uma resposta errada à questão colocada o nosso convidado aplicar-lhe-ia um choque eléctrico. A voltagem iria desde aquele pequeno choque que já todos sofreram pelo menos uma vez na vida aos 450 volts que é o equivalente a... PERIGO MORTAL! Eram dadas respostas erradas de propósito com o objectivo de aumentar a voltagem. Assim, a cada resposta errada o nosso convidado teria a missão de aumentar o choque aplicado! Os dois indivíduos eram colocados em salas separadas de modo que o nosso convidado não visse que não estavam a ser aplicados choques de todo. À medida que aumentava a voltagem o convidado ouvia uma gravação em que ouvia as respostas mas também gritos de dor agonizante.
Por esta altura, devem pensar que a experiência não levanta qualquer problema uma vez que ninguém estava a ser magoado não? A questão não é essa. É importante focar aqui que existiram pessoas que apesar de incomodadas com a agonia da pessoa a quem estariam a provocar sofrimento não pararam a experiência. Tinham o poder de terminar o sofrimento de outra pessoa e o seu próprio desconforto mas não o faziam. Questionavam o experimentador se deveriam continuar e estes dizia-lhes que sim, para continuarem. E assim faziam, agarrados à ideia de que a responsabilidade não era sua mas da pessoa que conduzia a experiência. Afinal, quem é que é punido: a pessoa que prime o gatilho ou a pessoa que mandou premi-lo? Outro aspecto relevante é o facto de só uma pequena percentagem de pessoas se recusar a levar a cabo a experiência ou a terminá-la. Houve ainda quem permanecesse impassível à dor de outro ser humano!
Nesta experiência pioneira 65% dos indivíduos levou esta terapia de choque até ao fim. Cinco anos volvidos, a experiência foi repetida e uns impressionantes 85% dos indivíduos voltou a atingir os 450 volts.
É assustador pensar que nos dias de hoje estes resultados possam ser idênticos e, porque não, piores. Claro que todos diremos que nunca fariamos este tipo de coisas mas é difícil acreditar nisso se tivermos em conta que as pessoas que fizerem parte da experiência eram pessoas simples, pais de família, iguais aos nossos pais, iguais a nós próprios. A obediência cega pode conduzir a actos cegos e pelos vistos vazios de sentido para quem os perpetrua. E cada vez mais perde-se um pouco de fé na humanidade...

terça-feira, março 28, 2006

Arte ou Isso IV

I am the end por Pierre Bourgeault

Esta criança tem um ar fantasmagórico!

sábado, março 25, 2006

Coisas quentes.

Recebi um e-mail em que o remetente dizia que não gostava deste blog porque não falava sobre e passo a citar: "coisas quentes". Não costumo dar grande importância a pedidos de anónimos mas achei que era uma boa oportunidade de demonstrar que aqui não há censura e é um espaço aberto a todo e qualquer assunto (que me apeteça focar no momento). Por isso aqui vai, (preparem-se):
"Coisas quentes". áfrica. ferro de engomar. cobertor. 40º C. fogo. luvas. lâmpada. aquecedor. sala de espera. febre. discoteca. chama. discussões. dançar. isqueiro. casaco de lã. vulcão. sol. suor. vela. brasa. agosto. inferno. cachecol...

Estas "coisas" foram suficientemente "quentes" para ti?

sexta-feira, março 24, 2006

Cartman és o meu herói!

Todos têm um herói animado e eu não sou excepção. Que tem um miúdo badocha, irreverente, malcriado, irascível, impertinente, mimado, estúpido, cruel, egoísta, egocêntrico, interesseiro e comodista assim de tão especial? É mauzinho e ainda por cima convicto! É o pequeno monstrinho que temos dentro de nós e que só vê a luz do dia muito raramente. Tem todas as características de um anti-herói e por isso gosto dele. Estou farta do sujeitinho, bonitinho, todo bem arranjadinho que salva o planeta (como se nós precisámos de ser salvos) e que mal pode esperar por nos espetar com a lição do dia: temos de ser bons meninos para nos acontecerem coisas boas, (pois sim). É MESMO DISSO que nós precisamos: mais alguém a dizer-nos a diferença entre o certo e o errado. O certo todos sabem o que é, e o errado pode ser delicioso... Pronto, não sou uma grande geek quanto ao South Park. Vejo ainda menos do que gostaria e só os momentos em que surge o meu personagem favorito é que me agradam particularmente. Mas entre circos de celebridades, e os morangos com açúcar não me parece que este seja o mal maior.
Despeço-me com a frase emblemática do Cartman (não a levem literalmente!!!) E bom fim de semana.

quarta-feira, março 22, 2006

5 Manias!

Pedro ainda bem que estás curioso por saber as minhas manias porque eu também estava curiosa para saber que post havia de fazer!
1) Sou muito conservadora. Como sempre os mesmos sabores no meu gelado: chocolate e baunilha. E diz quem vê que tenho tanta técnica a comê-lo que chega a ser irritante. Arranjo sempre forma de comer o chocolate em primeiro lugar mesmo que este esteja por debaixo da baunilha porque gosto de deixar o melhor para o fim. E depois como muito calmamente a bolacha. Posso ficar à vontade uma hora a comer um gelado. E a isto, meus amigos, chama-se fazer render o peixe.
2) Sou muito mas muito teimosa o que é parvoíce porque muitas vezes não tenho razão e sei disso. Manias.
3) Tenho sempre uns quatro ou cinco cadernos escritos. Tenho a mania de apontar coisas que ouço, me vêm à cabeça, etc. e como muitas vezes não tenho o caderno que preciso à mão de semear escrevo onde calha. O resultado é ter sempre cadernos meio escritos (alguns dos quais só encontro bastante tempo depois da última utilização) e sem espaço onde os pôr.
4) Está quase! Não consigo estar quieta. Posso parecer estar no meu canto muito sossegadinha mas se tiver um papel na mão o mais certo é rasgá-lo, torcê-lo, dobrá-lo, esmagá-lo enfim, fazer-lhe todo o tipo de torturas imagináveis e isto se não estiver a mastigar furiosamente uma pastilha.
5) Verificar sempre a origem das moedas. Digo que estou a fazer colecção e por isso quero ver de onde provêm. O que acontece sempre é que acabo por gastar o dinheiro. Assim, estou a fazer colecção desde que o euro chegou. Eu sei, é triste.
É para passar a alguém a corrente certo? Ah… Deixem cá ver… Sugiro que os membros do Guarda Roupa e do Gato Que Fede revelem as suas manias. Ah e se mais alguém que passar por aqui quiser fazer esteja à vontade mas que não se esqueça de avisar para eu ir ao seu cantinho coscuvilhar.

Origens do futebol na China Antiga

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que funcionava como um treino militar. Após um conflito, formavam equipas em que chutavam a cabeça dos soldados inimigos (chama-se hoje a isto bola). Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo (para não perder a sensação). Formavam-se duas equipas com oito jogadores e o objectivo era passar a bola de pé em pé sem a deixar cair ao chão, levando-a para dentro de duas estacas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Muito educativo!

segunda-feira, março 20, 2006

O Pedido

Hoje gostaria que pensassem um pouco comigo (só um pouco, prometo). Porque eu pensei e cheguei à conclusão que não fazia sentido. Porque é que se fazem certos pedidos? Imaginem que pedem a alguém para ser espontâneo. Se pedem algo é porque falta alguma coisa certo? Imaginem que a pessoa a quem fizeram o pedido decidiu fazer o que queriam. A partir de agora o que aquela pessoa vai tentar fazer é ser espontânea. Então podem deduzir que os actos são espontâneos certo? Errado. Pensem! O nosso pedido é absurdo. Digamos que recebem uma prenda que não esperavam e nem sequer é uma data especial. Poderia ser um acto espontâneo... Se não o tivessemos pedido. Pois a espontaneidade é previsível. E se o é, como pode ser espontâneo? Dizia ainda que faltava algo. A espontaneidade será inatingível se a pedirmos. É ter um desejo secreto pois queremos revelá-lo para que este se realize. E no entanto, assim que o formulamos em voz alta ele desvanece-se.
Um post muito ligeiro para uma muito ligeira reflexão.

sábado, março 18, 2006

Arte ou Isso III

Jealousy por Steven Stahlberg

Bom fim de semana!

sexta-feira, março 17, 2006

Conversas extremamente interessantes

Amiga: Ai o Afonsoooo é tão liindo.
Eu: Ai é? Que bom! (Disse aqui a ignorante, perfeitamente inconsciente do monstro que iria libertar.)
Amiga: Acho que é o rapaz mais bonito que já vi até hoje.
Eu: Que bom! (Pensando que ela estava a referir-se ao namorado.)
Amiga: Só é pena não o poder ver?
Eu: Então? Porquê?Passa-se alguma coisa? Precisas de falar? (Genuinamente preocupada).
Amiga: Claro que não sua tolinha.
Eu: ? Já não estou a perceber nada.
Amiga: Sabes de quem estou a falar certo?
Eu: Sim, o teu namorado. (Respondi, confusa.)
Amiga: (Gargalhada, gargalhada, gargalhada, gargalhada.)
Eu: (E eu sem perceber nada!)
Amiga: Vê-se mesmo que não vês novelas! Estou a falar do AFONSO!
Eu: QUAL AFONSO?!
Amiga: O Afonso dos Morangos!
Eu: O Afonso dos Morangos com Açúcar? Estás a brincar não estás?
Amiga: Não, não estou.
Eu: Ah ok. (Que é que se pode responder a isto?)

Acho que tenho de começar a ver novelas...

quinta-feira, março 16, 2006

Rapidíssima

Tenho estado um pouco ausente porque tenho tido imenso trabalho, (o extremo cansaço e o facto de já não poder ver um monitor à frente também não ajudaram). Por isso deixo aqui só duas rapidíssimas com a promessa de voltar quando tiver tempo, não estiver tão cansada, com alguma cabeça aqui para o "bicho" e o monitor do pc me parecer uma visão mais agradável.
Dizia o Destak de hoje (realmente, tenho de começar a ler coisas melhores), na capa que: a "Higiene em excesso favorece as alergias" e que uma professora foi espancada numa escola secundária em Lisboa.
Duas notas: primeiro, será que a notícia sobre a higiene é para nos fazer tomar banhinho com menor frequência? É algum plano de poupança de água? Ou para diminuir filas de espera em centros de saúde? Talvez fiquemos sem alérgias mas certamente que ficamos a cheirar um pouquinho mal nos tranportes públicos. Como se já não bastasse o cheirinho a cebola dos senhores mais velhos... Segundo, quando li que a professora tinha sido espancada fiz grande filme. Teria ido parar ao hospital cheia de nódoas e contusões? Bem, não. Levou só uma bofetada, ou melhor, para a situação que pintaram não foi nada de especial. Enfim, tenho de correr (deixo um post decente quando puder)...

segunda-feira, março 13, 2006

Curso Virtual

Curso de Marketing Feminino
1) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Chegas perto dele e dizes-lhe: Sou um fenómeno na cama. Isto é Marketing Directo.
2) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Um dos teus amigos chega perto dele e diz-lhe: Aquela mulher é um fenómeno na cama. Isto é Publicidade.
3) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Pedes-lhe o número de telemóvel. No dia seguinte ligas-lhe e dizes: Sou um fenómeno na cama. Isto é Telemarketing.
4) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Tu reconheces este homem. Chegas mais perto dele, refrescas a sua memória e dizes-lhe: Lembras-te como sou fantástica na cama? Isto é Customer Relationship Management.
5) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Levantas-te, arranjas o vestido, aproximas-te dele e ofereces um copo. Dizes-lhe como é bom o seu perfume, dás-lhe os parabéns pela sua boa aparência. Ofereces-lhe um cigarro e dizes-lhe: Sou um fenómeno na cama. Isto é Relações Públicas.
6) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Ele chega perto de ti e diz-te:
Ouvi por aí que és um fenómeno na cama. Isto é Branding, o Poder da Marca.
7) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Chegas perto dele e dizes-lhe: Sou um fenómeno na cama, mostrando-lhe uma mama. Isto é Merchandising.
Curso de Marketing Masculino
1) Estás numa festa e vês uma gaja toda boa. Chegas perto dela e dizes-lhe:
Sou um fenómeno na cama e resisto toda a noite sem parar. Isto é Publicidade Enganosa e é punida por lei.

domingo, março 12, 2006

O Carniceiro Morreu

O nome Friedrich Engel diz-vos alguma coisa? De certeza já ouviram o nome antes. Não? Este senhor era conhecido pelo sugestivo cognome de "Carniceiro de Génova". E agora, já sabem quem é? Era um antigo oficial nazi que terá participado no massacre de 59 pessoas na cidade de Génova em Itália. Morreu aos 97 anos sem nunca ter sofrido qualquer punição pelos crimes que cometeu.
E Slobodan Milosevic? Esta criatura têm de saber quem é! Morreu de causas naturais, também ele sem ter cumprido pena pelos seus crimes: era o "Carniceiro dos balcãs". Pronto, dois monstros morreram e os reduzidíssimos comentários que ouvi sobre o assunto resumem-se a isto: a humanidade nada perdeu. Não perdeu nada?! E que tal a memória? Dois homens provocam o mais profundo terror ao matar, mandar matar, torturar, incitar e incutir ódio e rancor em meio mundo e não têm direito a mais que umas míseras linhas? A comentários de fundo, em artigos de fundo ou em programas noticiosos a que poucos assistem? Não peço nem quero um elogio fúnebre mas exigo não esqueçer! Estamos no nosso pleno direito recusar-nos a ler uma notícia sobre as atrocidades praticadas. O que não é aceitável é que não possamos recusar esclarecimento se este, pura e simplesmente não existir! Que vergonha ou receios são esses que têm os governos e mais incompreensivelmente os meios de comunicação de social? Não é fonte de orgulho nenhum dizer que, não há muito tempo certos sujeitos tiveram acções horríficas relevantes para a história mundial. Mas não seria benéfico analisar os erros do passado para evitar que estes se repitam no futuro?
Enfim, se o inferno existir, eles deverão lá arder por toda a eternidade. Pois que não tiveram inferno em vida, que o tenham em morte.

sexta-feira, março 10, 2006

Arte ou Isso II

Ghosted por Mark Peters

terça-feira, março 07, 2006

Des(ilusão)

Nunca vos aconteceu desejarem bem a uma pessoa? Depositarem sonhos e esperanças de um futuro melhor nesse objecto de afeição? Um amor que nada tem a ver com o amor romântico mas apenas e só com a mais profunda amizade. Uma amizade que julgaramos nós ser recíproca. Presos por uma admiração cega que nunca nos levaria a lado algum. Ao invés de sentir-nos fortalecidos e confiantes pela amizade, decaímos, tornámo-nos uma sombra do que uma vez fomos. E mesmo depois de avisados continuámos a insistir no erro. Pensámos que aquilo era um engano. Só nós estavamos certos, todos os outros estavam errados, até os que nos amavam. E ficámos sós no nosso engano. E aí entendemos a nossa cegueira, sem ninguém não eramos ninguém. E sem ninguém, aquele alguém já não nos queria. Custou a entendê-lo, e o choque foi brutal, o erro fora sempre nosso e não podiamos voltar atrás no tempo. Sem querermos e com uma tremenda mágoa tivemos que reviver tudo aquilo que experienciámos para encontrar, não momentos maravilhosos mas engano e decepção. Um vampiro tinha-nos seduzido. Ele viu-nos cheios de todas aquelas coisas lindas que ele tanto queria e quis tomá-lo para ele. Quis tomar até à nossa última gota de sangue ciente de que nós definhariamos com a sua pérfida acção. O vampiro deixa-nos fracos mas o seu poder, o poder que nos tomou não durará para sempre. Terá que arranjar uma nova vítima. Nós? Podemos recuperar alguns dos laços perdidos e florir mais uma vez. A dor é que não desaparecerá, apenas se torna mais fácil com o tempo. Quisemos, por uma vez ser ingénuos e acreditar. Uma pessoa viu a nossa vontade de confiar e aproveitou-se. Não mais voltaremos a confiar, não daquela forma. E é pena, não por aquela pessoa que é má, mas por nós que perdemos uma inocência que nunca será resgatada.

segunda-feira, março 06, 2006

Definições

Há dias em que certos sinais não nos largam. Um objecto que deixamos cair vezes sem conta. Ou as nossas mãos perderam a força ou foi o objecto que tomou vida própria e que não se vai resignar à nossa vontade... Uma música que parece surgir de nenhures e nos deixa atordoados com as lembraças que traz agarradas... Estarmos absolutamente convictos de que fizemos uma coisa e afinal não a fizemos... Um sentimento ou uma palavra que nos persegue durante um período. Palavra essa, tão ouvida e repetida até à exaustão que juramos entre dentes que a proxima vez que a ouvirmos libertamos o que há de pior em nós (nomeadamente destruir a máquina ou torcer o pescoço da pessoa que a produziu). Foi isto que me aconteceu. Foi este último sinal que me assolou e não queria descolar. Tudo começou esta manhã. Esfregava os olhos meio morta de sono entre o zapping quando vi o casal mais amoroso. Os dois deviam fazer facilmente duas centenas de anos e ao que (consegui) ouvir foi um daqueles casamentos saídos da escola primária. Estiveram (e estão), toda uma vida casados sem conhecer mais ninguém e satisfeitos consigo mesmos. Até aqui nada de mal. Mais um daqueles casos de conheceram-se, casaram-se tiveram muitos filhotes e viveram felizes para sempre (e adivinharam, estava a ver o Praça da Alegria mas tenho a dizer, em minha defesa que acabara de acordar e, como tal, não estava na completa posse das minhas faculdades mentais). Mudei de canal. A RTP2, esse belo canal cultural apresentava um trailer do Brokeback Mountain, um filme que pode ser muito bom mas que não vi, tão cedo não o poderei ver e é uma história de amor com a qual não me identifico. Sic. A tertúlia não sei do quê, sobre o casal que se separou ou não se separou (não cheguei a conclusão nenhuma, perdi-me naquela confusão de berros de colunáveis que acreditam manter uma conversa civilizada). Ah, podem estar descansados que o casal, apesar de tudo continua muito apaixonado. Acreditem que o meu sono será melhor por saber isto. No quarto canal, (que dizer sobre ele), vi o excerto da apresentação de um action movie (série B) com mais cenas de sexo gratuito que acção propriamente dita, (ou então é mesmo isso que eles consideram acção), não tenha nada contra, há quem goste bastante mas àquela hora podem atrair atenção indesejada (digo eu), na forma de público juvenil. Passeio rápido pelos outros canais: no hollywood um filme qualquer lamechas, don't know and don't care; uma série no people and arts, troca de esposas (deve ser deve) e continuo. Tudo programas sobre amor ou sobre o amor, resultado: voltei para a cama. Sinceramente, só ao final do dia encontrei um bom motivo para rir sobre o assunto na forma de blog. Após um bombardeamento de amor e basicamente tudo o que lhe está associado e que não interessa quando não estamos com tendências especialmente românticas encontrei a razão de ser do dia. Escrever um post a gozar com toda a situação (na esperança de a exorcizar) e divulgar a definição mais brilhante de amor que alguma vez vi: "O que é o amor? Fácil. É quando o sujeito entra pela sala e vê a garota com as mãos cobertas de sangue frente a um cadáver. E antes de perguntar o que aconteceu ou gritar ou desmaiar, ele diz onde a gente enterra? " Sugiro a leitura do artigo integral, bem engraçado, em As Garotas que dizem ni.

domingo, março 05, 2006

Arte ou Isso I

A partir de hoje inicio uma nova rubrica sobre um novo tema: desenho e fotomontagem. Começo por Rusted de Jennifer Neveloff.

sexta-feira, março 03, 2006

Momento

Todos os dias, todas as manhãs. Ela corria, prendia o cabelo mais ou menos à pressa. O despertador não tocara, ou talvez tivesse tocado, ela nunca ouvia, estava atrasada, novamente. A noite anterior saíra com os amigos: beberam alguma cerveja, deram umas gargalhadas, divertiram-se. Havia dormido duas horas, se tanto. O cansaço acumulava-se mas ela não notava. Os pais perguntavam-lhe se não seria melhor parar, podia arruinar a sua saúde. Ela não sentia isso, aliás, não sentia nada ultimamente. Limitava-se a encolher os ombros e a continuar. Era a única coisa que fazia: continuar. Levantar, trabalhar, conviver, dormir… Same routine, every single day. E apesar de invejada como poucas não sabia se queria estar na sua própria pele. Irónico não?
“Que bom, hoje consegui lugar na camioneta.” Tirou o Destak que sacara à pressa do quiosque e iniciou a sua mais recente rotina matinal. Começou pelo horóscopo. Nada de novo, “Irá encontrar alguém especial”, “Saúde perfeita” e “Grande controlo sobre as finanças”, tudo mentira… A viagem não se iniciara à muito e já se sentia impaciente. Queria mais, um dado novo. Algum motivo para sorrir, para continuar. O seu desejo, todas as manhãs era sobreviver a esse dia... Um estranho sentara-se à sua frente e não parava de olhar. Devo ter feito alguma expressão estranha, pensou ela, e afundou-se no jornal. Mesmo assim sentia-se observada e num acesso de coragem olhou sobre o escudo improvisado. O estranho tinha belos olhos. Deixou escapar um sorriso tímido que o companheiro de viagem de imediato retribuiu. Talvez, afinal o percurso viesse a ser agradável. Talvez quando acabasse de ler a capa do jornal tivesse algo interessante para dizer. Talvez o dia viesse a ser perfeito.

quinta-feira, março 02, 2006

Vai uma Morte Negra?

Surgiu um estudo que sugere que a Peste Negra poderá ter provocado uma mini idade do gelo. Este arrefecimento climático terá abrangido um período de trezentos anos ou, se preferirem, teve lugar durante a Idade Média. Uma vez que as pessoas estavam ocupadas a morrer de peste, (uma morte rápida, agonizante e sem qualquer esperança de cura, em que os corpos assumiam uma tonalidade negra...) os campos estavam abandonados. Sem ninguém para cultivar, todo o tipo de vegetação selvagem proliferou. Crê-se que a enorme população de árvores poderá ter absorvido tanto dióxido de carbono da atmosfera que o clima arrefeceu e havido um aumento de oxigénio. Nesta altura, já se devem perguntar, (como eu, quando li o artigo) o que é que isto contribui para a vossa vidinha. Em princípio nada, mas é sempre engraçado fazer uma pequena reflexão sobre as virtudes da Peste Negra. Sim, é uma doença mortífera, e pelas várias descrições e gravuras que sobreviveram até aos dias de hoje também acredito que não seja nada agradável. Mas como diria um certo grupo de comediantes, we should always look on the bright side of life. Se a Peste Negra fosse hoje seriam só vantagens senão vejamos: num mundo densamente povoado, até que daria algum jeito aos governos não terem tantos salários ou pensões para pagar; os laboratórios e as companhias farmacêuticas (esses heróis dos tempos modernos), encheriam os cofres e contas na Suiça em compra de medicamentos; temos que admitir que embora a SIDA renda, ela não vai durar para sempre. Com alguma sorte, os feios deste mundo (não cito nomes mas já viram a nova plástica da Caneças?) teriam melhores hipóteses de arranjar parzinho se a doença atingisse países como o Brasil ou a Suécia, por exemplo. Ah e esqueço-me do mais importante, até poderiamos morrer todos mas não morreriamos mais contentes se soubessemos que havia mais oxigénio?

quarta-feira, março 01, 2006

Frases celebremente anónimas

Trágico não é deixar um tesouro escapar-se por entre os nossos dedos mas, para conservar essa preciosidade sermos contrários à nossa natureza.
Paz no Céu e Guerra na Terra. O Inferno somos nós que criamos.
Errar é humano mas há erros desumanos.