sábado, maio 28, 2011

Porque não apareço aqui

Desculpem-me os poucos (ainda) leitores, que tenho mas a blogosfera anda pobre. Nunca fui uma apologista hardcore de comentar, comentar, comentar. Não tenho nada contra, há bogues bem interessantes mas mais de metade das vezes não tenho paciência para tal. Sou mais uma quiet reader. Quando venho à blogosfera, o que já foi mais frequente, vou aos meus favoritos leio o que tenho a ler e vou à minha vidinha. Mais raramente, vou passear por aí e descubro alguns blogues com piada mas de quem acabo por me tornar leitora fiel. Foi só por graça, acho piada, fecho e esqueço-me. É como a cultura dos reality shows, volta e meia páro, olho, rio-me um bocado e continuo o zapping. Não me devem nada e eu não devo nada de volta. Agora o que me chateia, e eu já ano nisto há algum tempo é a podridão que está a blogosfera, porque está. Mais do que nunca publicam-se comentários anónimos com o único objectivo de deixar ficar mal certas pessoas, criam-se blogues com o único propósito de denegrir outras e, o que mais me choca é até se roubarem informações pessoais e utilizá-las como chantagens, moedas de troca e lavar de roupa suja. É feio, fica-lhes mal, às criatuas, aos visados e à blogosfera em geral. Por isso, quando vejo o quão estou ausente não sinto grande vontade de retroceder. Não tenho vontade de colocar aqui uma qualquer frase espirituosa, não tento pôr uma imagem com um duplo sentido ou sequer brincar sem maldade com uma situação com blogers conhecidos. Assim, me vou mantendo lá do outro lado, do que é real. E no mundo da internet sim, mas mais noutro meio. Tenho pena, porque costuma dizer-se que as coisas não se perdem, transformam-se. Infelizmente, é para pior.

domingo, abril 03, 2011

As 50 melhores mortes em filmes*


Bombshell Zombie por Billy Tackett


quinta-feira, março 31, 2011

Mitos Urbanos XI

Sempre cansado. Todo o santo dia cansado. Todos os dias da semana, de todos os meses, todo o ano cansado. A ideia de ir conduzir às duas da madrugada não agrada particularmente. “Não devia ter comido tanto”, pensou. E beber ainda menos. Mas de que estava à espera? Foram às espetadas de carne e a sangria foi acompanhando… Foi inocente sabem, porque a boca não pode secar e aquela comida tem tendência a dilatar o estômago. Também ajudou o facto de o cliente estar a soltar a língua. Ao final da noite já os papéis estavam assinados e, pelo menos, por uma noite, eram os melhores amigos. “Devia ter aceitado a boleia”, disse, enquanto olhou para a barriga de quem indicava uma gravidez de dois meses, não fosse óbvia questão da biologia. E o álcool então: ui. Era parado numa operação STOP e seguia directo para a cadeia. A mulher não haveria de gostar. Nem, a empresa precisava de mais despesas. “Vou mas é a um motel, daqueles baratuxos, à beira da estrada”. E lá pegou ele, feito parvo, no carro. Chegou, entrou, pagou. Nem um pio. Era apenas mais um, mais dinheiro em caixa. Quem ele era não interessava a ninguém. Realmente, o pessoal do átrio não tinha assim grande aspecto e o parque de estacionamento estava vazio. A qualidade do sítio estava mais que vista. Para o efeito servia. Enquanto, seguia para o quarto na escuridão vazia pensava em quão pesado estava. Um digestivo faria bem, nem se atreveu a voltar para trás. Nem para enfiar a chave na fechadura do quarto, que se parecia multiplicar em duas e em três ele se conseguia safar, quanto mais ir dizer novamente, olá ao pessoal da recepção. “Mas é para a cama e acabou!”
Enquanto se atirava para a cama viu o mini-bar. “Há-de ficar mais caro. Que se lixe”. Estava mesmo mal disposto. Hmmm… Johnnie Walker. “Quem diria que eles têm pinga de qualidade”. Bebeu o primeiro golo de um trago. Depois tentou saborear o que ainda restava. Tinha um sabor estranho. Mas por aquela altura tudo lhe pareceria estranho. A boca seca, a porcaria dos condimentos que dão cabo do estômago de um gajo. Qualquer coisa para acalmar a revolução que se lhe adivinhava no estômago. Mas que tinha um sabor estranho tinha.
Adormeceu com o copo na mão. Sentiu-o rolar pelo tapete mas já não teve forças para se mexer. Sono pesado. Hmmm… Sonhou com uma loira vestida de vermelho. Assim, uma femme fatale. E queria-o a ele. “Levanta-te”, disse. “Quero-te só a ti”. Sentiu as mãos delicadas dela sobre a camisa manchada de álcool. “És um rapagão grande não és? E saudável também?” “Vamos, já ver isso”. “Vamos?”, pensou ele, antes de se sentir elevar no ar e depois frio. Hmmm, um líquido quente não tardou a escorrer na sua pele já nua. E ele dormia. Ela ligou a água quente. Sentiu um corpo sobre si e sentar-se sobre ele. “Quente”. “Sim, quente. Não te mexas que eu trato de ti. Sê um bom menino”, disse, por fim, a loira.
Com os primeiros raios solares vieram as primeiras dores. E frio, muito frio. Tentou mexer-se mas verificou que se estivesse quieto lhe doía menos. Olhou em volta para avaliar o que se estava a passar. Só os olhos. Estava na banheira, submerso até ao pescoço em gelo. O que é que lhe doía ao certo? O abdómen? Tudo. Olhou para a parede e viu um post it que dizia: “Foste um bom menino. Obrigada. Liga para o 112”. O pânico começou a apoderar-se dele. O primeiro instinto foi levantar-se bruscamente mas, sentiu uma dor lancinante e viu o gelo ficar vermelho. Olhou para o chão e viu o seu telemóvel. A muito custo conseguiu retirar o braço da banheira, mais pelas dores do que pelo gelo que o cercava. Digitou os números. “Estou?” Gemeu. “Acho que me roubaram um órgão…”
Karoly Bera

sábado, março 26, 2011

So, There you Go

Amor, amor

Há amores e há o Amor. E porque tão cedo conheci o Amor, tão cedo não o esqueci. Traumatizou-me e enegreceu-me. Perdi, irremediavelmente e sem outra experiência que não essa, a inocência de acreditar. Por isso, assim fui ficando: adiando, desconfiando, rejeitando. E quem conheceu amores e depois o Amor não conseguirá nunca compreender a minha "recusa" em encontrá-Lo de novo. Não desejo que a percebam. Antes preferia estar nas vossas peles e assim ser, feliz e despreocupada, sem bagagem, (para mim), desnecessária. Foram as cartas que me sairam. Se fosse só questão de vontade...

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Considerações para 2011

1) Feliz 2011. É sentido, vem do coração.
2) As presidenciais foram uma vergonha. Milhares de eleitores impedidos de votar. Está bem que alguns casos foi distracção ou mesmo preguiça mas, vão lá tentar dizer a um senhor ou senhora para mandar uma sms ou ir à Internet para verem o seu número de eleitor!
3) Sem amor. Mas pela primeira vez em muito tempo, com o coração quente, quente.
4) Quer-me parecer que vai ser muito difícil alinhar no novo acordo ortográfico. É que aquilo não tem sentido nenhum.
5) Aposta num novo desafio profissional. Sempre pensei que nunca iria envereder por aquele caminho mas se calhar até há ali potencial. Vou dar tudo por tudo.
6) Os amigos fazem realmente muita falta. Só damos por isso quando estão ao pé de nós mas já não estão connosco.
7) Não é desta que planto uma árvore ou tenho um filho (a não ser que haja algum deslize...ups) mas, livro talvez, sob a forma de dissertação vá, quase a mesma coisa.
8) É de mim ou os vestidos dos Globos de Ouro este ano foram de mal a pior? Eu conseguia melhor na loja do chinês. A Helena Bonham Carter não conta. Ela é mesmo assim, prontes.
9) Ai Jesus, que o Mr. Darcy/Mark Darcy ganha o óscar de melhor actor. Can't believe it! Que sonho.
10) Só para fazer um número par. Na realidade não tenho mais para dizer.

quarta-feira, setembro 22, 2010

segunda-feira, setembro 20, 2010

Moving on

Há alguns dias falava com uma amiga num serviço de instant messaging, alguém com quem não falo assim com tanta frequência. E conversa leva a conversa, sobre questões da vida, onde ela nos leva e como nos sentimos realizados. A esse propósito ela mostrou-me este artigo no i que, disse-me ela, tinha lido nesse mesmo dia. Até parece de propósito. De qualquer modo, fez-me pensar que nem sempre são as pessoas de todos os dias mas aquelas que só vêmos de quando em quando que nos acrescentam algo. É o sair da rotina e das mesmas perspectivas, a necessidade de renovar e reciclar para melhorar. Por vezes, faz bem sair da zona de conforto e estarmos com pessoas que se calhar não estão assim tão próximas. É bom para nos apercebermos de bocadinhos que nos faltam e de bocadinhos que podemos adicionar a uma vida, de outro modo, aborrecida e sem direcção.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Pequena Mensagem

Se soubesse o que sei hoje teria pago para ver. Às vezes é melhor arriscar do que jogar o jogo dos "e se's". Pensem nisso.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Descobri

Embora, tardiamente, que os elogios são proporcionais à quantidade de decote/perna à mostra. Em algumas situações pode ser benéfico mas, em demasia, podemos ser reduzidos à condição de cérebro de ervilha. Não sei se me sinta culpada por querer usar um vestido no Verão, com temperaturas de Verão.