Porque não sabemos a hora da morte. Até quando estão os nossos dias contados. Só sabemos que queremos decidir o mais rápido possível o que hão-de fazer com o nosso corpo. Há duas opções: ou ir ter com os bichos ou acabar num monte de cinzas.
Ser enterrada nunca me agradou muito. Sei lá, a ideia de irem comprar um caixão e flores, preparar o funeral, vestirem-se de negro e ir chorar baba e ranho enquanto o caixão desce à cova, parece-me demasiado. E também não vejo a utilidade de ir alimentar os vermes quando já há demasiados cadáveres em decomposição. Uma lápide onde chorarem? Se me querem lembrar só têm de não se esquecer de mim... Ponham-me logo a etiqueta e atirem-me para o forno. Atirem as minhas cinzas ao vento, largem-nas sobre o mar, não interessa... É escusado guardar a urna. A não ser que a considerem um bom objecto decorativo! Façam o que quiserem. Se estiver morta não me irei queixar. Porque há-de este cadáver dar trabalho aos outros?
10 comentários:
é, a morte é a única certeza que temos... e o maior mistério...
em relação ao qeu fazer depois... não me importa...
acho que os funerais são para os qeu cá ficam...
eles que façam o que quiserem e forma a que se sintam bem... quem está morto não sente.. e viva não me debruço sobre isso...
Mas dps de morta inda podías ser útil...Bastava doares o teu corpo à ciência...Segundo consta a faculdade de medicina de Lx tem falta de cadáveres para os seus alunos...Eras capaz?
Claro que era. Então não estou morta? Acho que não me fazia impressão alguma ;)
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epa nao sei...nao queria ser destruida assim... quero uma casinha para ficar la dentro, uma nova casinha onde ficar!
isto hoje... ja é o terceiro blog que vou hoje comentar a falar de assuntos que eu tenho pensado recentemente.
opah é complicado. eu percebo o teu ponto de vista e até concordo contigo. tb pensei em ser cremado. mas tu falaste na lápide com o teu nome como maneira de ser recordado. não é preciso pq como disseste basta nunca se esquecerem de ti. no entanto, eu pensei nisso e acho que gostava que houvesse uma lápide com o meu nome. se houvesse alguem a esquecer me isso lembra los ia. é uma boa maneira de recordar, eu acho. o que me chateia é ir a funerais (tive de ir a 2 nos ultimos 3 meses) e ver pessoas que mal conhecem ou ja nao vêm ha anos os falecidos e irem pra la chorar desalmadamente, ir so por curiosidade, ou por a conversa em dia com outras pessoas que nao viam tb ha anos mas que continuam vivas ou ainda só pq são amigos de um dos familiares do tipo que morreu e nem o gajo que morreu conheciam.
isso chateia me.
gostava que ao meu funeral fossem so pessoas qe eu gostasse mesmo. eu sei que ja estou morto mas nao sei se nao é possivel eu ver isso. não sei o que acontece depois de bater a bota. enfim... é complicado decidir
Concordo contigo. Não quero de maneira nenhuma ser enterrada. Parece-me uma coisa demasiado sofrida. Acho que é um ritual que não faz muito sentido. Ser queimada também não é uma grande opção mas pronto...Bom mesmo seria se nos pudessemos esvanecer.
Como dizem os Xutos eu quando morrer quero ir de burro!
Pouco me interessa de que forma, se a feder, bem vestidinho,ou em pó cinza e nada! Já agora pode ser ao som de uma musiquinha tipo um blues de B.B.King!
Se não der muito trabalho, claro!
eheheheh! Saudações!
belzebu: se houver funeral, nada de blues para mim, eu quero "highway to hell" :D
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Olá Nomya,
O mistério da morte é uma coisa que me fascina tanto, que nem sei o que pensar...
Eu estou marimbando para o que me hão-de fazer quando eu "bater a bota". Mas podem sempre fazer-me o que o Mário de Sá- Carneiro sugeriu.
Aqui vai:
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
E se vens do além toda chateada porque não gostaste da cerimónia?
GHOSTS. Não gosto.
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