terça-feira, setembro 30, 2008
quinta-feira, setembro 25, 2008
WORK IT!
A dada altura das nossas vidas passamos pela experiência excruciante de ir a entrevistas à procura de trabalho. Digo excruciante porque vamos até ao fim do mundo, por ruelas que desconhecemos, "bater pé", de fatinho e sapatinho de salto que fica lindissímo mas dói comó caraaáças. Ao entrarmos dentro de casa, só nos sai uma tirada do género: "sai-me da freeeeente!!!" E lá vão os sapatos pelo ar, só porque vamos disparadas para a casa-de-banho para meter os pézinhos de princesa de molho.
Mas já me estou a afastar do assunto... Anda-se por ai à procura do local da entrevista para por... um quarto de hora, meia hora ou, como muito azar, uma hora, ser-se observado tipo rato de laboratório. Apresentável? Check? Bem falante? Check? Tem cérebro? Check. Tem potencial? Sim? Não? Fica? Não fica? Aiiii.
Para mim é enervante. Não porque fico toda stressada e nervosa sem saber o que dizer, mas porque sei muito bem aquilo que está no cv, sei bem aquilo que tenho para oferecer e pareço uma macaquinha de repetição. É como se tivesse a lição bem estudada, quer dizer, porque é que eu quero ir para aquela empresa, desempenhar aquela função, se acho que me enquadro no perfil pretendido, (muita lengalenga a esse respeito) e as habituais perguntas pessoais. Tenciona casar / sair de casa / ter filhos a curto prazo? É que já nem soa natural. Sei o que vão perguntar e ligo o piloto automático. Claro que faço as perguntas da praxe e sou o mais possível agradável e desenvolta como convém. Ao fim e ao cabo, acabo de sair e dizem logo: não fui com a cara dela, é demasiado gira para o cargo, é espertinha demais, é muito "verde", etc, etc. E não se consegue o lugar. Limita-se a isto. E se era "pela cara" já me deixavam poupar o latim não?
sexta-feira, setembro 19, 2008
So what?
No meu habitual roteiro de leitura de blogues, tenho-me vindo a deparar com alguma frequência com a questão da emancipação da mulher (não é só sexual, que infelizmente não foram poucas as coisas, nas quais tivemos de não emancipar).
Eu não sou feminista, embora também não tenha aquela ideia envelhecida, mesmo fora de época de que o homem é que sustenta, o homem é que inicia a relação com a mulher, o homem é que tudo...
Contudo, reparei que a mulher é agora alvo de muitas críticas por que decide viver como bem lhe apetece. So what? Não é como se ela não tivesse conquistado o seu direito ao egoísmo. Ok, não é bonito, mas é a sua vontade. E se não quiser ter filhos ou tê-los mais tarde? E se quiser dedicar-se inteiramente ao trabalho? E se for ela a iniciar uma relação (amizade, sexo, seja lá o que for) com o homem? E se quiser ser uma bruxa? Qual é o mal?
É uma questão de escolha e se a escolha da mulher for uma destas coisas quem somos nós para vir criticar? O homem há tempo demais que faz o que quer e lhe apetece e ninguém diz nada, é normal. Faz demasiada impressão às vossas mentes fechadinhas, a mulher tenha o poder de fazer o que quiser (leia-se o mesmo que o homem / bicho macho)?
É uma questão de escolha e se a escolha da mulher for uma destas coisas quem somos nós para vir criticar? O homem há tempo demais que faz o que quer e lhe apetece e ninguém diz nada, é normal. Faz demasiada impressão às vossas mentes fechadinhas, a mulher tenha o poder de fazer o que quiser (leia-se o mesmo que o homem / bicho macho)?
segunda-feira, setembro 08, 2008
Sobre os rapazes e o hi5
Porque é que mandam mensagens do tipo foleiro como: "oi nina, és muito gira" seguida da não menos célebre frase: "gostaria de te conhecer profundamente" ou então: "queria conhecer-te para amizade ou algo mais" e, por fim, um smiley com uma piscadela de olho ou algo do género, no caso de sermos burras e não percebermos logo a dica.
Também gosto muito daquelas fotos com a pose à gangsta ou gangstarr, seja lá o que for que eles escrevem, e a fazer aquela coisa com os dedos tipo east/west side, embora aqui seja mais a margem sul que rula!
Mas aqueles que eu adoro mesmo são os da fotografia: "olha para mim tão distraído que eu estou, aqui na casa-de-banho a tirar fotos com o meu telemóvel 3G".
Outro espécimen que me atrai é o que tem medo de estar sozinho. Aparece em todas as fotografias com os amigos a fazer uma macacada qualquer e depois tem legendas como: "eu com o meu bro" e coisas assim. A quantidade de gente nessas galerias torna difícil compreender de quem é que será o perfil.
Então e aqueles que são muito sexy e assumem-no? Estão batidos em todos os eventos, quer seja uma festa da espuma ou o baile da santa terrinha e têm invariavelmente a mesma indumentária e olhar à matador.
E aqueles que não desistem ou que têm memória curta. São aqueles que nos tentam vencer pelo cansaço, pois coitados devem estar à espera que aceitemos o seu quinto pedido de amizade!
E os desesperados? Esses, apesar da tenra idade, já têm muito calo e só querem encontrar o amor da sua vida. Nisto, prosseguem com uma extensa caracterização da sua pessoa, na qual encontram-se sempre incluidos os adjectivos: querido, sensível e romântico. E que procuram uma rapariga que os ame por aquilo que são e que seja verdadeira, que eles já foram muito magoados e não querem sofrer mais.
Por fim, temos os que que se fingem desesperados. Ah e tal, só querem encontrar a rapariga da vida deles, mas tem de ser alta, magra, loura e com um grande par de mamas. É claro que se possuir uma boa conta bancária eles não se importam. Estes até são girissimos só que fingem que não têm noção e têm sempre dezenas de comentários nas suas fotografias com raparigas a querer conhecê-los. E caso tenham dúvidas das suas qualidades caninas, eles querem "conhecer mulheres".
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