Sempre cheguei um pouco atrasada no que diz respeito à moda mais recente em termos de tecnologias. Quando já todos tinham telemóvel eu ainda recebia chamadas estranhas no telefone fixo. Quando todos falavam 'numa boa' do people que tinham conhecido no mirc eu ainda estava à espera do meu computador. Devo ter sido talvez das últimas pessoas do meu grupo de amigos a ter um e-mail e a instalar o msn, no qual diziam eles, se passavam horas a falar em grupo sempre a rir à gargalhada. Então e o hi5? Ui, o rapazito com quem iam ter encontro não sei onde porque não queriam ser vistas por ninguém conhecido? Ou aquele que era muito querido e parecia perfeito e estavam a um passo de se apaixonar quando se encontravam e afinal, não era nada de jeito, falando do físico claro. E o velhaco que se aproximava com aquelas falinhas mansas do género, acho que podemos ser bons amigos, só te desejo bem, és uma pessoa especial, acho que nunca conheci ninguém como tu, e tal, e tal... Tantas desilusões e sustos também! Por isso, nunca me aventurei muito sobretudo no mundo dos chats. De certa forma, com as histórias que ouvia, já estava de certo modo, vacinada e preparada para os 'predadores' e desilusões de outro tipo. Mas, lá está, eu era maior de idade já tinha a experiência de quem tem amigoa a quem aconteceram coisas menos boas... Infelizmente, nem todas as histórias têm um final feliz. A mais recente que ouvi foi a de um pais que pretendem processar o myspace após a sua filha se ter suicidado. Ao que parece a menina de 13 anos tinha terminado uma amizade com a filha de uma vizinha. Esta para se vingar criou uma conta falsa no myspace criando um rpaz de nome Josh e 16 anos que rapidamente se tornou amigo de Megan. A rapariga desenvolveu uma paixão por esta personagem e ficou deseperada quando o seu apaixonado começou a espalhar pelo myspace como ela era uma amiga terrível e que esperava que ela fosse infeliz até ao resto dos seus dias... Coisas que para um adulto não serão nada de especial, mas para uma menina de 13 anos se revelou grave o suficiente para se enforcar no seu guarda-fato. A vizinha vingativa confessou o que havia feito aos pais transtornados, mas revelar-se-á um processo difícil provar a culpabilidade da senhora nos tribunais visto que nada semelhante está previsto na lei.
Andam crianças na internet e adultos a brincar com elas... Onde está o final feliz?