São todos os dias e todas as horas desse dia. Tu não tens culpa e eu também não. O tempo é o inimigo, nunca há, nem nunca chega... para nós. Mas leio muito, e não só de teorias constam as minhas leituras. Há um sem fim de blogs a dizer-nos quão maravilhoso é o sentimento, como faz bem ao coração, à saúde, à alma... Fico contente por saber que há gente feliz neste mundo tão triste e, por vezes miserável. Mas, também eu, por vezes, padeço dum mal chamado inveja, que a felicidade que ali está descrita não é a minha. Não posso dizer como foi lindo o dia de ontem porque não tivemos o dia de ontem. Lá está não temos culpa nem há nada que possamos fazer quanto a isso, eu sei. E ai eu só queria mesmo era ler textos tristes, sobre ausência e saudade, do alívio que irá ser o reencontro.
Vejo um sem fim de emoções fortes, de sentimentos poderosos, de palavras que vivem muito do momento, parece que o texto fluiu tipo conversa, parece que o texto foi escrito por uma pena. Aquela pessoa flutuava e as suas linhas denunciavam aqueles estado de graça. Só queria tomá-lo como eu. Queria tomar as rimas como minhas e possuir aquela felicidade. Posso roubá-la? Nem que seja por um instante? Posso escrever no meu diário o sentimento? Posso ser num sonho cor-de-rosa uma menina que flutua sobre as nuvens e que lá em baixo tudo vê de uma perspectiva optimista?
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Em conversa com amiga...
A.: São tudo saudades?
Eu: Tudo