quinta-feira, julho 20, 2006

Realidade Oculta

O cinema de terror é no mínimo curioso. Há gostos para tudo: espíritos, criaturas mutantes, extraterrestres e o preferido de muitos, assassinos em série. Lembram-se de filmes como o “Psico”, em que uma mulher se hospeda num hotel e é morta pelo dono do hotel que fingia ser a sua própria mãe já falecida? E que tal “Massacre no Texas”, em que cinco jovens são assassinados com uma serra eléctrica por um homem que usa uma máscara com a pele das suas vítimas? E o “Silêncio dos inocentes” onde se procura um assassino que tira e veste a pele das suas vítimas? E, já agora, acham que os guiões destes filmes se devem apenas a uma imaginação prodigiosa e muito (mas muito) mórbida, dos seus criadores? Se ainda duvidarem a resposta é negativa.

Ed Gein é o “pai” de todos estes filmes. É ele a mente e a personagem principal, e o que nos assusta ou faz soltar gargalhadas sonoras são a recriação dos seus crimes. Este senhor, nascido em 1907, sofreu brutais espancamentos da sua muito severa mãe que lhe ensinou que sexo era sinónimo de pecado. O jovem Gein ficou com graves mazelas psicológicas que aguardariam até ao momento propício para se manifestarem. A oportunidade surgiu com a morte da mãe de Ed. A educação é uma coisa muito engraçada. Fazemos, muitas vezes, o possível e o impossível por agradar aos nossos pais reprimindo as nossas pulsões mais primitivas. Imaginem por um momento que o que nos impedia de satisfazer os nossos desejos mais recônditos desaparecia. Foi isso que aconteceu a este homem, já de si perturbado e indeciso entre uma moral extremamente rígida e a liberdade dos seus desejos bestiais. Para infelicidade da vida humana e satisfação dos escritores de contos de terror Gein viria a efectuar práticas de necrofilia e canibalismo. E até um ímpeto (artístico???) de transformar a pele das suas vítimas em peças de roupa e em mobiliário. Aquando da sua captura Ed confessou que gostava de se vestir com as roupas e máscaras confeccionadas de pele humana e fingir ser a sua mãe de quem sentia grande saudade. Havia mais quinze corpos espalhados pela sua fazenda na noite em que foi preso, Ed disse que não se lembrava ao todo, quantos assassinatos tinha cometido. Seria ele, um adulto comandado por uma mente de criança a quem nunca foi dada a oportunidade de se desenvolver em harmonia? Ou uma semente má que faria exactamente a mesma coisa se criada noutras condições? E que obsessão doentia é a nossa que nos faz replicar um passado sombrio e procurar tirar prazer dele?

5 comentários:

Alien David Sousa disse...

Pois é um tanto arrepiante.
Olha "N" viste o SAW I ?

É brilhante. o Segundo já não vale a pena, para mim.Mas o primeiro está muito bom.
bjs

Nomyia disse...

Já vi sim. e o segundo também. Gosto muito deste género de filmes... Mas, por alguns posts mais antigos isso também não deve ser difícil de perceber :p
*****

Fátima disse...

wow! agora entendo toda a imaginaçao perturbante destes realizadores! que "muso" tão inquietante! =\ a moral em demasia perturba as pessoas quando não os deixam voar...

ricardo disse...

:D

just like me...

Anónimo disse...

Epá faz-m lembrar akel film japones k vimos...e tu sabes...eu gostei mm do film...escrever em corpos e dps tirar a pele dos tipos pa fazer livros...
;P