Nunca me tinha sentido assim

Acho que cheguei perto daquilo que se designa de orgasmo culinário. Eu, que já experimentei: espanhol, italiano, francês, grego, israelita, marroquino, mexicano, indiano, chinês, japonês, tailandês e espero não me estar a esquecer de nenhum, senti prazer como não sentia há muito tempo a comer. Passado algum tempo, a comida como que se banaliza. Admitamos que as lasagnas não sabem sempre tão bem como deveriam. Que às vezes aquele chop suey (é assim que se escreve?), de porco tem mais gordura do que deveria. Uma única refeição má pode tirar o encanto a um prato que degustámos, tantas e tantas vezes antes e que era divinal. E fui-me tornando desconfiada, então depois da célere reportagem sobre os restaurantes chineses... Ai. Mas adorei arriscar desta vez. Comi um chicken nepal hot (adoro estas traduções), com acompanhamento de pão com recheio de côco (salivar), seguido de uma bibinka? que é uma mistura de frutos secos. Isto, no Everest Montanha, aquilo era um misto de nepalês e indiano, portanto só tenho a certeza da origem da galinha, mas soube tãaaaaaaaao bem. Já disse que era boa a comida? Não? É boa. Comi que nem uma ursa. Voltava lá já amanhã. Ai. Saliva.