quarta-feira, abril 22, 2009

O meu irmão é um poeta

M. tentou enviar-lhe um ficheiro (xxxxxxxxx.rar). Este ficheiro foi bloqueado, porque é potencialmente nocivo.
O meu irmão chegou-se ao pé de mim e disse: o ficheiro é sempre bloqueado, diz que é bovino.
Outro dia, outras bacoradas: afinal, aquela coisa relacionada com a nossa cor não se chama melanina mas, sim nicotina.
E a minha preferida de todas: lembram-se do "Auto da Barca do Inferno" do Gil Vicente? Diz que era Joane o otário e não, Joane o Parvo.

PS: Eu sei, dizer asneiras calha a todos, mas gozar com o meu irmão dá-me um gozo bestial. Não é maninho? Cá Beijinhoooooo!

segunda-feira, abril 13, 2009

Até me admiro como é que ninguém fala dele


Este é, para aqui a je, o actor mais cool de sempre. Ora vejam lá a filmografia do senhor: lá bem para o início fez de travesti homossexual que atravessa o deserto, sempre de saltos altos, a cantar e a dançar, para conhecer um filho que desconhece em "The Adventures of Priscilla: Queen of the Desert"; para os finais do século passado, cometeu um ligeiro deslize, fez uma voz para o "Babe" e a respectiva sequela. E em seguida foi fazer um pequeno filme de que ninguém se lembra chamado "Matrix", em que fazia do sofisticadíssimo agente Smith. Passados uns anitos alguém olhou para ele e pensou: "este gajo ficava bem com orelhas em bico" e puseram-no no my favourite movie of all time, o "The Lord of the Rings". Só que como este senhor não se contenta com "um" papel icónico também teve de ir fazer o "V de Vingança" e não venham com tretas que ele tem muita mística nesse filme. Ah e descobri na pesquisa para este post que ele foi a voz do Megatron nos "Transformers". E tem um grande historial de vozes em filmes, só a titulo de exemplo, o filme de animação: "Happy Feet". Hugo Weaving és o meu herói!

PS 1: Ele fez tantos filmes com looks tão diferentes que optei por uma fotografia dele au naturel.
PS 2: Não me esquecer de tentar libertar-me dos estrangeirismos. Enjoo-me a mim própria.

domingo, abril 05, 2009

Dores de crescimento II

Sempre me senti inadaptada até chegar ao ensino secundário. Até ali era uma miúda alta, magra e um zero à esquerda em desportos. Embora já conhecesse, melhor do que ninguém, o quanto as crianças podem ser cruéis. E a tomar a decisão de tentar o mais possível, evitar discriminar alguém, só porque era diferente. Mas referia-me ao secundário. Foi ali que deixei de ter pavor das aulas de educação fisica e que começei a descobrir os mais diversos desportos, a ter prazer em práticá-los e até, ter jeito em algumas modalidades! Um honroso lugar nos regionais de voleibol por equipas e um terceiro lugar num torneio inter-escolar de badminton. Ora tomem lá!
Outra coisa que aconteceu foi começar, sistematicamente ultrapassada em altura pelos meus colegas em altura. E já não era sem tempo. Até poderia ser a mais baixa da turma que não me importava nada! Recordo que não tinha muito menos daquilo que tenho hoje (1,65 e meio!). Dei um pulo gigantesco até ao início da adolescência e depois, enquanto os outros iam chegando às alturas, o meu crescimento foi vagaroso, vagaroso.
E eis que sucede outro acontecimento. Começo a deixar de ser alta, para ser mediana?, e a cara de miúda mantem-se. E ai surgem novos problemas: Desde os 17 anos que me tomam por mais nova. Cheguei ao ponto de, aos 21 anos me sentar na cadeira da dentista e esta me dar 16, da mãe de uma ex-chefe me dar 14, de estar num local de trabalho e me porem as mãos nas costas e me tratarem por filhinha. E o que, pessoalmente eu A-DO-RO, me tomarem por burrinha ou ingénua devido à minha tenra idade.
Sim, até sou nova, o que faz com que não tenha a experiência riquissima de quem é mais velho, mas que mania é essa de falarem comigo de modo condescendente, de me tomarem por ingénua e inofensiva, enfim que talvez não seja a melhor profissional e que não sei nada da vida?
Detesto ser desvalorizada nas minhas capacidades e nem me estou a referir ao facto de ter tirado este ou aquele curso, de já ter passado por vários empregos e de ter viajado. Pensei que o facto de ser uma pessoa, bastaria para que merecesse, desde logo, respeito e não que tivesse de o exigir. E esta tem sido a minha última luta. Sinto-me mal quando me inscrevo em qualquer actividade e sou olhada de lado, porque na mente das outras pessoas aquilo é para mais velhos, sinto-me mal quando vou fazer coisas de adulta e me pedem o B.I., sinto-me mal quando vou a entrevistas e uns potenciais empregadores me dizem que pareço muito novinha e que não preencho o perfil pretendido quando eu sei que ninguém seria tão dedicado como eu. E nas relações amorosas? Tenho aquela aparência de menina e, dizem eles, um olhar inocente. Uma perdição para eles, uma decepção para mim. Eles queriam uma coisa, eu sou outra. Lamento. Muito. E nas outras relações? Esperam que eu seja simples, pura, subserviente. E depois começo a falar e não sou aquilo que esperavam. Era suposto sentar-me no meu canto, caladinha e bonitinha. Engano o vosso, mais uma desilusão minha. Primeiro era grande demais, era velha demais. Agora sou pequena demais, sou novinha demais. Nunca serei boa o suficiente aconteça o que acontecer. Nada disso importa. Felizmente o crescimento ensinou-me que a persistência me levará longe. Não vai ser porque alguém tem uma determinada impressão de mim, que vou desistir do quer que seja. Era só o que faltava!